segunda-feira, 14 de janeiro, 2013

Vendas de produtos de limpeza atingem R$ 14,9 bilhões

A indústria brasileira de produtos de limpeza deve encerrar 2012 com faturamento de R$ 14,9 bilhões, um crescimento de 3,5% em relação ao ano passado, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (ABIPLA). Para 2013, a entidade estima continuar crescendo de dois a três pontos percentuais acima do Produto Interno Bruto (PIB). O setor desacelerou em relação ao aumento de 6,7% registrado no ano passado – acompanhando o menor ritmo de crescimento da economia. Para a diretoria da ABIPLA, é positivo crescer acima do Produto Interno Bruto (PIB) em um “ano difícil para a economia brasileira”. De acordo com Eugênia Saldanha, presidente-executiva da entidade, é o nono ano consecutivo que a indústria do setor avança mais que a economia.
A ascensão das classes baixas é o fator que mais impulsiona o mercado. “Uma família de baixa renda que ingressa num segmento médio vai comprar amaciante pela primeira vez”, exemplifica Robson Gonçalves, economista da consultoria FGV Projetos, que conduz estudos inéditos sobre o setor, a pedido da ABIPLA. Esses brasileiros das classes emergentes também sofisticam o consumo de produtos que já faziam parte de sua cesta.
“Um consumidor que passa da classe A para a AAA não vai mudar o sabão que usa, nem ter uma preocupação socioambiental diferente”, diz Gonçalves. “Ele vai consumir mais serviço”, conclui.
Marcos Angelini, novo presidente da ABIPLA, afirma que a inovação é o fator mais importante para que o setor cresça num período em que a indústria em geral desacelera. Ele cita como exemplo os produtos concentrados e os limpadores específicos para determinado uso. Angelini é vice-presidente de cuidados com o lar da Unilever e assumiu o posto no lugar de Luiz Carlos Dutra, ex- vice-presidente de assuntos corporativos da companhia anglo-holandesa.
De acordo com o levantamento da FGV Projetos, o número de empregos na indústria de produtos de limpeza aumentou 3,8% em 2012, para 45,5 mil funcionários. Gonçalves afirma que, em um ano que a indústria de transformação tem sofrido com a importação, um setor que registrou essa alta de empregos “respondeu bem à abertura comercial”.
“O nível de investimento deve ter crescido como o emprego”, afirma Gonçalves. Em 2011, o investimento das indústrias de limpeza cresceu 8% em relação ao ano anterior e somou R$ 474 milhões. “O investimento cresce mesmo com uma carga tributária de 39%”, diz Angelini.
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