sexta-feira, 11 de janeiro, 2013

Nordeste evita queda maior da indústria

A produção industrial cresceu em oito dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de outubro para novembro de 2012. O principal destaque ficou com a região Nordeste, que teve crescimento de 4,2% no período, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal — Produção Física Regional, divulgada ontem pelo instituto.
A alta se deu em estados como Bahia (3,5%), Santa Catarina (3%), Amazonas (2,9%), Ceará (2,2%), Rio de Janeiro (2,1%), Pernambuco (1,3%) e Rio Grande do Sul (0,4%).
Para Rafael Leão, consultor da Austing Rating, o bom desempenho no Nordeste se deve ao desempenho do setor de refino de petróleo e produção de álcool.
Já o economista Felipe Leroi, do Ibmec, observa que o resultado na região é puxado também por grandes montadoras de veículos, que passaram a manter nos últimos quatro anos unidades de produção na região, em razão dos incentivos ficais do governo, além de mão de obra barata.
Contudo, o crescimento nesses estados não foi suficiente para gerar um resultado positivo na indústria nacional, que teve queda de 0,6% na passagem de outubro para novembro. Isso ocorre porque estados importantes como São Paulo e Minas Gerais apresentaram redução na produção industrial de 1,9% e 0,7%, respectivamente.
“O desempenho da atividade econômica ficou muito aquém do esperado em 2012, influenciando a recuperação da atividade industrial nas demais regiões do país”, observa Rafael Leão, da Austing.
Avaliando ainda o dado nacional, mais quatro estados ajudaram a puxar para baixo o desempenho da indústria: Goiás (-14,7%), Espírito Santo (-6,3%), Pará (-6,0%) e Paraná (-5,1%). Já na comparação de novembro de 2012 com o mesmo período do ano anterior, nove locais tiveram queda na produção industrial, com destaque para o Paraná (-13,4%), Goiás (-10,1%) e o Espírito Santo (-8,4%).
No acumulado de 2012 e dos 12 meses anteriores, o resultado foi igual: nove locais registraram queda na produção industrial.
Apesar de um resultado nacional nada satisfatório, o economista aposta nos bons ventos em 2013, com a indústria crescendo a patamares de 3% a 5%.
A aposta também é feita por Felipe Leroi, que acredita em um resultado positivo nacional baseado na indústria nordestina. “Serão as empresas do Nordeste responsáveis a puxarem um resultado de 3% da indústria nacional este ano”, finaliza.
Brasil Econômico
Ver esta noticia em: english
Outras noticias
DATAMARK LTDA. © Copyright 1998-2024 ®All rights reserved.Av. Brig. Faria Lima,1993 3º andar 01452-001 São Paulo/SP