sexta-feira, 11 de janeiro, 2013

Exportação de carne suína cresce 12,6% em 2012, mostra Abipecs

A exportação brasileira de carne suína em 2012 alcançou 581.477 toneladas, o que corresponde a um crescimento de 12,60% em comparação com o ano anterior, de acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
Em termos de receita cambial, houve aumento de 4,21%, para US$ 1,49 bilhão. O preço médio da tonelada, de US$ 2.571 em 2012, teve queda de 7,45%, na comparação com 2011 (US$ 2.778/t).
A Ucrânia foi o principal mercado para o produto brasileiro em 2012, com 138.666 toneladas, indicando crescimento de 124,71% em relação a 2011. O segundo principal comprador foi a Rússia, com 127.071 toneladas (aumento de 0,5%), seguida por Hong Kong, com 124.702 toneladas (queda de 3,88%).
Os Estados que mais exportaram no ano passado foram: Santa Catarina (207.772 t), Rio Grande do Sul (174.245 t) e Goiás (71.477 t).
Dezembro
Apenas em dezembro, o Brasil exportou 40.456 toneladas de carne suína, incrementeo de 9,54% na comparação com igual mês do ano anterior. O faturamento foi 0,09% menor do que em 2011. O preço médio (US$ 2.562), em dezembro, caiu 8,80% em relação a dezembro de 2011.
O País exportou 10.914 t para Hong Kong, crescimento de 14% na comparação com igual período de 2011. O segundo maior comprador no mês foi Ucrânia (7.407 t, crescimento de 78,18%). Angola importou 5.684 t, aumento de 33,65% em relação a dezembro de 2011. A Rússia comprou 5.612 t, quase 100% mais do que em igual período do ano anterior. Já as vendas para Argentina caíram 50,63% (2.216 t) ante dezembro de 2011.
Perspectiva
A Abipecs considera que 2013 deve apresentar mesmo ritmo de crescimento de 2012. O presidente da associação, Pedro de Camargo Neto, informa, em comunicado, que o setor não espera grande crescimento das exportações ou de consumo interno, 'talvez um crescimento no mesmo nível do ano passado, de 12,60%, em toneladas, nas vendas externas'.
Ele observa, porém, que os preços médios devem aumentar, não só por causa da recuperação das cotações em nível internacional, mas também em virtude de acesso a mercados externos que pagam mais. Queremos ver maiores volumes para a China continental do que para Hong Kong, mais vendas para a Rússia do que para a Ucrânia', diz Camargo Neto.
Segundo o presidente da Abipecs, 'todos os concorrentes do Brasil nos mercados externos - países europeus, EUA e Canadá - sofreram muito, também, com a alta dos insumos, quer seja milho ou farelos. Estão todos realizando ajustes de produção e se sentem obrigados a forçar aumentos de preço. Também do lado cambial não sofremos mais com aquela situação difícil de 'câmbio irreal', de R$ 1,70 por dólar (início de março), em comparação a cerca de R$ 2,05 por dólar, hoje'.
Os processos de abertura de mercados internacionais caminham, mas lentamente. 'Acreditamos ser possível concluir a habilitação para vender ao Japão ainda no primeiro trimestre. As questões técnicas estão concluídas e o que falta agora é finalizar os trâmites burocráticos, que sofreram pequeno atraso com a mudança de governo no Japão', comenta Camargo Neto.
A Abipecs estima que o embargo, promovido pela autoridade sanitária da Rússia, ao Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, será equacionado com as reuniões entre o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Enio Marques Pereira, e o diretor da Rosselkhoznadzor, Sergey Dankvert, em Berlim, durante a Semana Verde Internacional, na próxima semana.
Globo
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