Tuesday, September 22, 2020

As mudanças no comportamento de compras

Os reflexos da pandemia do novo coronavírus no mercado de bens de consumo massivo (FMCG) já podem ser medidos com mais precisão a curto prazo, e um novo levantamento da Kantar mostra quatro pontos centrais da evolução do comportamento de compra no país até o mês de junho.
Desde o início do lockdown, o carrinho do brasileiro ficou mais cheio, com 1,6 mais categorias do que o segundo trimestre do ano passado. Apesar das restrições, as famílias estão fazendo, em média, uma visita a mais ao ponto de venda e, nessas ocasiões, buscando mais promoções e reduzindo a escolha de marcas premium para equilibrar a fatura.
Ao todo, 2,2 milhões de lares passaram a priorizar os produtos em liquidação e as marcas premium perderam 7% em volume de unidades, ao mesmo tempo em que as marcas próprias cresceram 47% em relação ao mesmo período de 2019. Ao lado delas, marcas mainstream e mais baratas também vêm ganhando cada vez mais espaço nas prateleiras.
Somados a esses comportamentos, há também outras mudanças extremas e mais gerais na forma de consumo nacional. São elas o aumento do valor gasto em compras de abastecimento desde março, a transferência dos hábitos out of home para o ambiente in home, o incremento de snacks e mais tempo gasto na cozinha devido à necessidade de ficar em casa e o incremento nas compras de produtos de higiene pessoal e limpeza do lar.
Todos esses pontos juntos explicam o aumento nos valores de compras in home, mas a pergunta que fica é: no longo prazo, manter esse crescimento será sustentável? De acordo com o levantamento, a tendência é de retração de gastos e o aumento dentro do lar não compensa a queda do que não tem sido gasto fora dele.Apesar disso, a pandemia trouxe alguns comportamentos que prometem ficar, caso dos deliveries.
Entre os brasileiros, 53% deles têm usado o serviço entre 2 e 3 vezes por semana e 19% pretendem continuar com esse ritmo quando bares e restaurantes já estiverem completamente liberados na rotina. Muitas famílias dizem que passaram a gostar da nova maneira de consumir esse tipo de produto no conforto de casa.
Outro novo costume é consumir online. O e-commerce foi o canal que mais cresceu no longo prazo, apesar de ainda ser tímido no país e representar apenas 0,6% no acesso de compras.
No curto prazo, foram os formatos de distribuição locais e de proximidade, junto dos atacarejos, que ganharam mais famílias adeptas durante os primeiros meses de pandemia.
ABRE - 21/09/2020
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