Embora a realidade atual seja de um cenário favorável, o crescimento da onda virtual já foi um grande desafio para as fabricantes de brinquedos, que precisaram se adaptar. A chave da mudança foi unir as experiências em um único brinquedo. E isso pôde ser feito de várias formas.
O mundo virtual tem grande parcela contribuição no que a gente chama de share of life do mundo infantil. Mas não deixamos de olhar para isso. E a melhor forma de lidar com essa realidade é oferecendo em alguns itens uma ligação, onde parte da brincadeira passa por comprar um brinquedo para que libere, em um mundo virtual, acesso a games. Então a gente faz essa interligação para estimular a compra dos brinquedos também", conta Ricardo Wako, gerente de Marketing da Hasbro, em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News.
Já na Estrela, a solução é usar o mundo virtual para dar continuidade a um jogo de tabuleiro, por exemplo. "Hoje a maioria dos nossos jogos tem aplicativos onde ele amplia a jogabilidade, introduzindo a tecnologia, onde a criança já está conectada. No nosso Detetive, por exemplo, é possível cadastrar um smartphone no aplicativo para que ele receba, durante uma partida entre amigos, dicas e pistas que ajudem a desvendar o jogo", explica o presidente Tilkian.
O único cuidado que deve ser tomado, é para que a brincadeira faça sentido a qualquer hora, em qualquer lugar e que o brinquedo se baste. "É muito importante o conceito do produto primeiro para que só depois se implemente o conceito da tecnologia. O produto tem que ser bom sozinho, sem o uso da tecnologia, e que a tecnologia passe a ser apenas um complemento do produto. Então, em resumo, para combater essa tendência, o ideal é fazer um produto onde a tecnologia seja um complemento para a brincadeira e não o essencial", opina Ricardo Rodriguez, gerente de produtos da Grow, também em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News.
Giro News - 16/03/2018
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