Wednesday, April 29, 2015

Fatiados da Indústria

Agregar valor à categoria, oferecer praticidade aos consumidores e reduzir custos nas lojas. É com essas promessas que os fabricantes de frios têm ampliado suas linhas de produtos fatiados e embalados. Algumas redes já estão prevendo uma migração de parte do público para esse segmento. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a BRF já iniciou a distribuição da linha Soltíssimo, da marca Sadia. Ela vem em cinco versões: queijos muçarela e prato, presunto, mortadela e peito de peru. Foram investidos R$ 70 milhões em novos equipamentos e na modernização da fábrica em Tatuí (SP), para a produção de 12 toneladas diárias dos frios. Já a Ceratti gastou R$ 20 milhões na ampliação da planta de Vinhedo, também no interior de São Paulo, a fim de elevar a escala de sua linha de fatiados. A Piracanjuba, com distribuição concentrada no Centro-Oeste e Nordeste, também lançou novas linhas de seus principais queijos nesse formato.
Outro diferencial das versões fatiadas pela indústria é que elas são fáceis de fechar e armazenar no refrigerador, além de terem prazo maior de validade – de 30 a 60 dias, dependendo da marca. A quantidade na embalagem é normalmente padronizada em 150 g ou 200 g, conforme o fabricante. Essa gramatura corresponde aos volumes mais adquiridos pelo público nas compras do dia a dia. Com os preços mais elevados, a indústria afirma que esses produtos garantem margens maiores para os varejistas.
“A partir de pesquisas com consumidores, definimos a espessura ideal para cada tipo de frio”, destaca Rosângela Barbosa, gerente de marketing da BRF. Segundo ela, os estudos revelaram que o público está disposto a pagar até 25% mais em frios que já venham nessas condições, sem precisar enfrentar a fila do fatiamento nos supermercados.
O aumento da demanda pelos fatiados da indústria poderá ajudar a reduzir problemas enfrentados quando o produto é manipulado na loja. Entre eles, perdas, risco de não cumprimento de normas da vigilância sanitária e custos com embalagens. “Além da economia de tempo dos funcionários, ficou mais fácil para os compradores administrarem os pedidos e para armazenarmos os produtos”, conta Adriana Leme, gerenciadora de produtos da paulista Coop, 28 lojas na Grande São Paulo e interior. Ela confirma que a margem para o varejista é melhor nesses produtos. “Ainda está no começo, mas esperamos que, até o final deste ano, 50% do nosso público tenha migrado para esses frios”, estima.
As indústrias que investem no segmento também se dizem satisfeitas com os resultados até o momento. Na Piracanjuba, a estimativa de Cláudio Costa, gerente da unidade de refrigerados, é de alta de até 70% nas vendas da nova linha de embalados neste ano. Também está previsto expandir a distribuição para todo o Brasil. A BRF afirma ter ganho, desde o lançamento, 10 pontos percentuais de participação no mercado de frios fatiados na Grande São Paulo, primeira região a ser atendida. Ou seja: vale a pena acompanhar a evolução do segmento. Mas o varejista tem que ficar atento principalmente ao consumidor do seu supermercado. Sempre haverá um grupo que deseja uma embalagem maior ou menor ou que quer ver o corte ser feito na hora.
ABRE
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