Wednesday, February 25, 2015

Produção pode ter queda de até 1,5% em 2015, prevê entidade

A Associação Brasileira de Embalagens (Abre) prevê um recuo entre 0,5% e 1,5% na produção física de embalagens neste ano. O cenário econômico, a alta da inflação e a possibilidade de um racionamento de energia e de água são apontados como os principais fatores que explicam o pessimismo do setor.
A expectativa consta de estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) realizado a pedido da Abre e divulgado ontem em São Paulo. Para o responsável pela pesquisa e coordenador de estudos econômicos da FGV, Salomão Quadros, a indústria de embalagens deverá voltar a apresentar crescimento somente a partir do próximo ano, com ajustes na economia.
"A confiança do consumidor diminuiu nos últimos meses, a inflação em alta deve reprimir o consumo, e, consequentemente, a demanda por produtos embalados e, além disso, a política econômica restritiva e o ajuste fiscal vão desacelerar toda a economia. Será um ano muito difícil para a economia como um todo e a indústria de embalagens também será afetada", afirmou Quadros.
Ele disse ainda que a possibilidade de racionamento de água e de energia aproxima a previsão de recuo da produção física da casa dos 1,5%.
A queda na produção pode ser ainda maior do que 1,5% a depender de fatores que são difíceis de prever no início do ano. "O consumo pode se retrair mais do que projetamos diante dos ajustes fiscais e essa queda pode ser ainda maior", afirmou Quadros.
A indústria de embalagens já vem de uma retratação na produção física de 1,47% em 2014. "Grandes usuários de embalagens, como o segmento de alimentação, vestuário e cimento reduziram produção em 2014 e isso teve um reflexo na demanda de embalagens", afirmou a diretora executiva da Abre, Luciana Pellegrino.
Faturamento
O valor bruto da produção de embalagens foi de R$ 55,1 bilhões no ano passado. Para 2015 a perspectiva é de um valor entre R$ 58,2 bilhões e R$ 57,1 bilhões a depender do tamanho da redução na produção física do setor.
Em 2014, todos os segmentos de embalagens apresentaram recuo na produção física com exceção das embalagens de vidro que apresentou alta de 1,86% em relação a 2013. A maior queda ocorreu nas embalagens de madeira que recuaram 18,25%.
As embalagens de metal apresentaram alta de 4,81% no primeiro semestre do ano passado em função da Copa do Mundo, mas fecharam o ano com queda de 1,04%. As de material plástico caíram 2,9%.
DCI
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