Monday, February 18, 2013

Fundo brasileiro compra Heinz em parceria com investidor Warren Buffet

Foi anunciada a venda da Heinz Company – fabricante do famoso catchup que leva o nome da empresa – para a holding Berkshire Hathaway, do investidor americano Warren Buffett e para 3G Capital, dos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
"Esse é o meu tipo de negócio e o meu tipo de parceiro", resumiu ontem Buffett, à rede de TV CNBC. Por US$ 28 bilhões, Berkshire Hathaway e 3G Capital adquirem a companhia, com o pagamento de US$ 72,50 por ação da Heinz, o que equivale a pouco mais de US$ 23 bilhões em dinheiro. O restante, US$ 5 bilhões, equivale a dívidas da empresa assumidas pelos investidores. A Berkshire investirá de US$ 12 bilhões a US$ 13 bilhões na aquisição.
A sede da Heinz vai continuar em Pittsburgh, na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Mas boa parte dos planos agressivos da gigante se voltará para a cidade de Nerópolis, no Estado de Goiás, que tem população de cerca de 22 mil habitantes e onde está instalada a única fábrica da Heinz no País. O Brasil está entre as prioridades da empresa, que, a partir de março, inicia a produção de catchup, seu carro-chefe, no Brasil.
A marca americana chegou ao País em março de 2011 ao pagar cerca de R$ 1,2 bilhão pela compra da Quero Alimentos. A indústria, que tem 2 mil funcionários, produz mais de 100 itens com a marca Quero entre conservas de vegetais, frutas e molhos. Até então, os produtos Heinz eram importados.
Ontem, em conferência com analistas, William Johnson, CEO e presidente do conselho da Heinz, disse que a companhia está operando no limite da capacidade nos países emergentes e que é importante aumentar a produção nesses mercados, que apresentam as maiores taxas de crescimento nas vendas.
"Devido ao nosso desempenho no Brasil, Rússia e China, particularmente, estamos examinando iniciativas orgânicas e não orgânicas para esses mercados", disse Johnson.
As margens do mercado brasileiro são, segundo Johnson, "significativas" e estão crescendo, apesar de fatores relacionados a custos e inflação. "O negócio brasileiro tem sido uma surpresa". No seu segundo trimestre fiscal, encerrado em 28 de outubro, as vendas da Heinz no Brasil avançaram 33% – percentual mais alto entre os países nos quais a multinacional atua. A companhia conseguiu aumentar os preços no País em 13,3% no período, quando a inflação dos alimentos medida pelo IPCA/IBGE, foi de 3,83%.
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