Monday, October 14, 2013

Fiat inicia montagem de prensas em PE

Em meio a recentes anúncios de investimentos da concorrência, a Fiat, líder no mercado brasileiro, dá sequência a seu maior projeto no país: erguer em Pernambuco uma fábrica alinhada aos padrões tecnológicos das linhas mais modernas no mundo e capaz de produzir até 250 mil automóveis por ano.
Quase dois anos após iniciar a preparação do terreno, as obras chegaram ao estágio de montagem de uma pesada linha de prensas. A expectativa da empresa é que a fábrica fique pronta até o fim de 2014 para iniciar a produção em escala comercial no início do ano seguinte.
Os carros a serem produzidos no local já estão definidos, mas os modelos, ou mesmo a categoria dos veículos, permanecem em sigilo, assim como a montadora segue sem confirmar a possibilidade de usar a fábrica para produzir automóveis da controlada Chrysler.
Cledorvino Belini, presidente da Fiat no Brasil, tem comparado a chegada da montadora a Goiana - município na Zona da Mata Norte de Pernambuco, onde a nova fábrica está sendo erguida - ao desafio enfrentado há quase 40 anos quando a empresa, num momento em que a produção se concentrava no ABC paulista, decidiu se instalar em Betim, Minas Gerais.
Nos dois casos, a Fiat chegou a regiões até então inexploradas pela indústria de automóveis, uma situação que impôs a missão de desenvolver praticamente do zero toda uma cadeia de suprimento.
Mas também nas duas situações foram determinantes os incentivos fiscais concedidos tanto pelo governo federal como o estadual. No caso da fábrica de Goiana, o projeto só foi adiante porque foram mantidos até 2020 os incentivos do programa de desenvolvimento automotivo na região, que terminaria em 2011.
São incentivos que vão da isenção de impostos na importação de bens de capital e operações de câmbio para aquisição de bens importados a descontos tributários nas importações de matérias-primas. Pernambuco também entrou com incentivos locais, como a postergação da cobrança de ICMS e a concessão do terreno de 14 milhões de metros quadrados.
Adicionalmente, bancos públicos vão financiar 75% dos investimentos na fábrica, estimados em R$ 7 bilhões quando se incluem os fornecedores, que terão uma área reservada no parque industrial da Fiat.
Só o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Regional (BNDES) vai emprestar R$ 2,4 bilhões. Outros R$ 1,96 bilhão virão de um fundo da Sudene e R$ 888 milhões do Banco do Nordeste.
Com esses investimentos, a Fiat se prepara para atender a um mercado, que nas contas da própria empresa, chegará perto de 5 milhões de carros por ano até 2020, 37% acima do tamanho atual.
Valor Econômico - 14/10/2013
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