Tuesday, January 08, 2013

DL prepara expansão em tablets sob regras do PPB

A fabricante de tablets populares DL pretende iniciar neste trimestre a produção dos aparelhos dentro do processo produtivo básico (PPB). Trata-se do programa do governo que estabelece a quantidade de componentes e peças nacionais que a indústria precisa utilizar para ter direito a benefícios fiscais. Para isso, a DL dará início à fabricação de placas, o que vai aumentar o índice de nacionalização dos seus tablets dos atuais 50% para 95%.
O diretor da DL, Paulo Xu, informou ao Valor que todos os documentos para adesão ao PPB já foram entregues e aprovados. A empresa aguarda as assinaturas do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e do Ministério da Fazenda (MF). "Com o PPB, o preço do tablet pode cair até 10%", disse Xu, que oferece os produtos no varejo a partir de R$ 399.
De acordo com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), dez empresas já conseguiram aprovação para fabricar tablets no país sob o PPB. Dessas, apenas quatro começaram, efetivamente, a produção. São elas: Samsung, Philco, Digibras (CCE) e Bravvatech (marca Planet Tab).
Para se ajustar ao PPB, a DL prevê aumentar o espaço físico na sua sede, na cidade de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. "Os 10 mil m2 que temos hoje estão cada dia mais apertados", disse Xu. Há seis meses, o empresário alugou dois galpões ao lado da atual sede, onde também instalou um mezanino. Com as modificações conseguiu mais 4 mil m2, atingindo o espaço atual. Mas a ampliação tem se mostrado insuficiente. "É possível que nos mudemos para outro endereço", afirmou.
A DL encerrou o ano passado com 1 milhão de unidades produzidas. A projeção de Xu é duplicar o volume neste ano, com um impulso na área empresarial. "O mercado corporativo representou 10% das vendas em 2012 e deve responder por 30% em 2013", disse o empresário, que não divulga o faturamento. Cerca de 85% das vendas da DL são de tablets, mas a empresa também tem vende DVDs automotivos, tocadores de MP4 e MP5. A DL negocia a venda de tablets com universidades, editoras e uma empresa. Os projetos estão sob sigilo.
O Brasil terminou o terceiro trimestre de 2012 como o 10º maior mercado mundial de tablets, segundo a IDC. A expectativa da consultoria é que o país tenha encerrado o ano com 2,9 milhões de equipamentos vendidos.
Com a expansão da produção, Xu espera dobrar a quantidade de funcionários, que hoje é de 230 pessoas. "Vamos encerrar 2013 com cerca de 500 empregados", disse o empresário chinês, que emigrou para o Brasil há 19 anos e fundou a DL em 2004. No início, a empresa vendia utilidades domésticas importadas da China, como panelas elétricas para cozinhar arroz. "O nome DL nasceu como 'Doce Lar'", disse Xu. Não demorou para que o empresário percebesse o rápido crescimento do mercado de eletroeletrônicos e reposicionasse a empresa. Hoje, segundo Xu, DL significa "Digital Life".
Valor
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