Thursday, January 17, 2013

Cai intenção de consumo das famílias, diz CNC

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) , pesquisa apresentada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou queda de 2,1% (135,1 pontos) na comparação com o mês de dezembro do ano passado e recuo de 3,3% sobre janeiro de 2012. A explicação para a queda, segundo o economista da CNC, Bruno Fernandes, está nos efeitos sazonais no início do ano, quando o apetite para o consumo diminui por conta das despesas que chegam em janeiro, caso de IPTU, IPVA e gastos escolares, aliada a um endividamento feito em dezembro, no período de festas.
“Olhando para a variação mensal com efeito sazonal, ao olhar o mês de dezembro de 2012 contra janeiro, percebemos que os gastos de dezembro e os custos que virão já no começo do ano influenciam na intenção de consumo. São efeitos sazonais. Mas vale lembrar que em dezembro de 2011 e janeiro de 2012, tivemos um movimento de estímulo ao consumo, com a redução do IPI e o maior acesso a crédito”, diz. Ele também destaca como pontos que levaram a percentuais negativos na pesquisa o fato de o reajuste do salário mínimo esse ano ser menor que o registrado em janeiro de 2012.
“Não podemos falar, no entanto, que essa queda vai se seguir em linha ao longo do ano.
A tendência é que o mercado de trabalho se mantenha em ritmo favorável, assim como o ritmo de crédito ainda é favorável. Esperamos um cenário também mais otimista no que diz respeito à inadimplência”, comentou.
Segundo ele, a projeção de crescimento do comércio em 2013 deverá ficar em 7,5%.
Por faixas de renda, os cortes mostram que o resultado do índice na comparação mensal foi sustentado principalmente pela redução da confiança das famílias com renda acima de dez salários mínimos, com queda de 3,2%. As famílias com renda abaixo de dez salários mínimos apresentaram recuo de 1,8%.
O item “Emprego atual” , inserido na pesquisa, registrou queda de 0,3% em relação a dezembro e baixa de 3,2% na comparação com janeiro do ano passado. Apesar da queda anual, um maior percentual de famílias sente-se mais seguro em relação ao emprego atual (49,5%). A manutenção de uma baixa taxa de desemprego ainda alimenta o nível de confiança em um patamar favorável. A baixa taxa de desemprego e o crescimento real da massa salarial mantêm o otimismo.
Brasil Econômico
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