Corrente de comércio do setor de Higiene Pessoal cresce 9,3% em janeiro

O setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos registrou crescimento de 9,3% na corrente de comércio em janeiro de 2022, em relação ao mesmo mês de 2021, atingindo a marca de US$ 104,1 milhões. As exportações do período alcançaram o valor de US$ 53,6 milhões, representando um aumento de 28,7%.
As importações sofreram queda de 5,7% na comparação com janeiro do ano passado, totalizando US$ 50,5 milhões. Os valores garantiram um superávit de US$ 3,1 milhões no saldo da balança comercial, revertendo o saldo deficitário de US$ 11,9 milhões em janeiro de 2021.
Os destaques das exportações de janeiro foram as categorias de produtos para cabelos, que cresceu 43,9% (US$ 12,9 milhões), a de sabonetes, com crescimento de 55,2% (US$ 11,7 milhões) e a de produtos de higiene oral, com alta de 1,9% (US$ 4,9 milhões). Os desodorantes registraram queda de 2,7%.
No que diz respeito às importações, as categorias cremes para pele, protetores e bronzeadores e desodorantes apresentaram alta, com crescimentos de 11,2% (US$ 9,5 milhões) e 136,2% (US$ 1,9 milhão), respectivamente. Os principais responsáveis pela queda nas importações foram: fragrâncias (-21,7%), produtos de higiene oral (-21%) e produtos para cabelos (-43,7%).
Em linhas gerais, a corrente de comércio do mês de janeiro reflete o movimento do setor no final de 2021, com a manutenção na demanda por produtos brasileiros no mercado externo. O aumento das exportações em janeiro supera os valores dos últimos seis anos, “uma vez que para os meses de janeiro os volumes de exportação apurados nos períodos equivalentes de anos anteriores foram menores. O valor de 2022 superou os valores desses últimos anos em decorrência do câmbio favorável para as exportações”, afirmou a Abihpec.
No caso das importações, o valor de janeiro de 2022 é o menor para janeiro nos últimos 10 anos, em razão da redução na demanda por alguns produtos de alto valor agregado neste último janeiro. Os desafios e oportunidades para este ano “passam por questões como a variação cambial, o alto custo dos fretes internacionais e a indisponibilidade de contêineres, o que pode impactar os processos de comércio exterior”, destacou a entidade.