sexta-feira, 28 de janeiro, 2022

Taxa de desemprego cai para 11,6% no trimestre, aponta IBGE

A taxa de desemprego do Brasil recuou e ficou em 11,6% no trimestre encerrado em novembro de 2021, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na manhã desta sexta-feira, 28.
O porcentual veio dentro das expectativas do mercado financeiro, segundo levantamento do Projeções Broadcast. No trimestre terminado em outubro, resultado anterior divulgado pelo IBGE, porcentual havia ficado em 12,1%.
O impulso sazonal de criação de vagas temporárias no fim de ano, com festividades e alta no turismo, contribui para a queda do desemprego no período em questão, segundo o economista-chefe da Parallaxis, Rafael Leão. "Somado a isso, tivemos um bom desempenho da atividade no período, no comércio e nos serviços, setores que são bem empregadores na economia brasileira", afirma. As vendas do varejo restrito avançaram 0,6% em novembro, ante alta de 0,2% em outubro. Já os serviços, após dois meses de queda, apuraram alta de 2,4% no mês.
O economista alerta que as primeiras leituras de 2022 podem mostrar ligeiro aumento da taxa de desemprego, devido ao encerramento das vagas temporárias de fim de ano. Ao longo deste ano, Leão considera que, com inflação alta e juros elevados, a perda de fôlego da atividade deve manter a taxa de desemprego em dois dígitos.
Eduardo Vilarim, economista do Banco Original, também afirma que o impulso sazonal às contratações para atender à demanda de fim do ano pode ser refletido nas informações divulgadas. "Prova disso são os dados do Caged, com uma criação de cargos bastante expressiva em novembro, de 324 mil, muito acima da expectativa do mercado. Isso, por si só, traz um viés bastante positivo", explica. Em contrapartida, o economista nota que o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 2,4 pontos em médias móveis trimestrais em novembro.
Vilarim estima desemprego praticamente estável na passagem de novembro para dezembro, em 11,8%, seguido por leves altas até março ou abril de 2022, devido ao efeito sazonal de início de ano. Nas contas do economista, a desocupação média deve cair de 13,6% em 2021 para 12,2% em 2022, em um cenário de crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado e de 0,5% este ano.
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