terça-feira, 24 de agosto, 2021

Clima econômico da América Latina melhora no 3º trimestre, apesar de incertezas

O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), avançou de 81,2 para 99,7 pontos na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2021.
Segundo o levantamento, trata-se do melhor resultado desde o 1º trimestre de 2018 (101,5 pontos), o que coloca a confiança dos agentes econômicos próxima da zona de neutralidade dos 100 pontos, mas em patamar ainda considerado desfavorável.
"Os especialistas estão otimistas com as perspectivas econômicas da região no segundo semestre, mas seguem na linha de avaliações desfavoráveis em relação à situação atual que marcaram os nove últimos anos", destacou a FGV.
O ICE é a média geométrica entre o Indicador da Situação Atual (ISA) e o Indicador de Expectativas (IE). O ISA subiu 30,9 pontos, ao passar 28,2 para 59,1 pontos, mas continua em nível historicamente baixo. Já o IE recuou 5,4 pontos para 150,6 pontos.
"É possível supor que o pequeno recuo no IE esteja associado com incertezas sobre os efeitos das novas cepas da Covid. Ao mesmo tempo a melhora no ISA, embora ainda insuficiente para a região entrar na zona favorável pode ser explicada pelo cenário internacional mais favorável e o avanço da imunização da população na região, ainda que irregular", acrescentou o relatório da sondagem.
O maior Indicador de Clima Econômico da região é o do Paraguai (125,1 pontos), seguido do Brasil (116,5), Chile (104,1), Peru (102) e Colômbia (101,1), todos na zona favorável do índice.
- Ciclo de alta das commodities não duradouro
Além da evolução do clima econômico na região, a pesquisa fez uma enquete sobre o tempo de duração da alta de preços das commodities, que vem beneficiando as perspectivas da região. De acordo com a sondagem, predomina a percepção é que só teremos mais um ano de preços elevados (58,5%), sendo que 23% avaliam que os preços permanecerão elevados só até o final de 2021.
"Não seria então um 'super ciclo de altos preços das commodities' como o ocorrido anteriormente", destaca a FGV.
A pesquisa mostra que cerca de 25% dos especialistas também consideram que o problema de desabastecimento de insumos e/ou matérias primas é grave. O Brasil é o país com maior percentual nesse quesito (46,2%), seguido da Colômbia, com 29,4%.
Em média, 22,9% dos especialistas esperam que a situação esteja regularizada no o 1º semestre de 2022 e 32,9% no 4º trimestre de 2021. Os países mais otimistas em termos de regularização no 3º trimestre de 2021 são o Chile e o Uruguai.
G1 - 24/08/2021
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