terça-feira, 01 de junho, 2021

Forum com clientes da cadeia do plástico na ABIQUIM

A Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim iniciou, em abril, reuniões com as associações setoriais que representam clientes diretos e indiretos do segmento de resinas termoplásticas, com o objetivo de criar uma linha de comunicação direta entre os produtores dessas resinas e os setores clientes para debater ações que visam garantir um fluxo eficiente dos produtos, reduzir os custos e gerar maior competitividade aos produtores de resinas, ao setor transformador de resinas e ao setor produtivo cliente dos plásticos utilizados em suas mais diversas finalidades.
Na primeira quinzena de abril, a Abiquim promoveu reuniões individuais de executivos da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (Adirplast), Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Associação Brasileira de Fibras Poliolefínicas (Afipol), Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) com os fabricantes de resinas termoplásticas integrantes da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas (Coplast) da Abiquim.
Durante as reuniões, houve relatos de uma redução na produção dos setores clientes e, como resultado, diminuição da demanda de resinas termoplásticas nos meses de abril e maio de 2020.
No entanto, a recuperação da economia e por consequência da produção, além da recomposição dos estoques dos clientes logo no terceiro trimestre de 2020, geraram aumento na demanda de resinas.
Mas, a segunda onda da pandemia de Covid-19 em 2021, que incluiu a restrição na circulação das pessoas e até o fechamento do comércio nos meses de março e abril, geram incertezas sobre a produção da maior parte dos setores clientes, que esperavam ter desempenho em patamares superiores, ou pelo menos equivalente, ao obtido em 2019.
Além de abastecer seus clientes fixos, os produtores nacionais de resinas termoplásticas também passaram a receber pedidos de empresas que compravam resinas de fabricantes estrangeiros.
A busca por resinas nacionais se deve à redução na disponibilidade de resinas termoplásticas no mercado internacional, causada por paralisações devido à Covid-19 e eventos climáticos, e pela recuperação econômica global, a partir do terceiro trimestre de 2020.
Outra dificuldade apontada para se importar resinas se deve à elevação no preço do frete internacional.
O desequilíbrio na oferta e demanda das resinas termoplásticas vem ocorrendo desde o segundo semestre de 2020 e as projeções dos fabricantes brasileiros são de que esse reequilíbrio ocorra no primeiro semestre de 2021, sendo que as empresas nacionais possuem capacidade de produção maior do que a demanda do mercado e ela está em plena carga.
No entanto, preocupa o setor produtor de resinas e os clientes a possibilidade da recuperação econômica nos países com a vacinação acelerada e maior controle da pandemia, o que pode gerar um aumento nos preços das matérias-primas da indústria química em escala global.
Segundo o coordenador da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas (Coplast) da Abiquim, Edison Terra, as reuniões são importantes para esclarecer dúvidas dos setores clientes sobre a precificação das resinas termoplásticas, que é influenciada pelo aumento nos custos da matéria-prima, cuja precificação é baseada em referências internacionais e pela desvalorização do real frente ao dólar.
“É uma oportunidade que temos de informar aos demais setores como são formados os preços das resinas termopláticas no Brasil, sendo que os preços das mesmas no mercado nacional, em dólar, mostram-se similares aos praticados em 2009, 2010 e 2011.
Ao mesmo tempo, reforçamos nosso compromisso priortiário com o abastecimento do mercado brasileiro”, completa o coordenador da Coplast.
Para o diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Abiquim, André Passos Cordeiro, o fórum de debates com as associações permite fortalecer a indústria e o desenvolvimento de um setor capaz de se autorregular sem a intervenção do governo.
“Além de manter essa agenda bilateral para a redução de ruídos na comunicação entre os setores, o trabalho visa desenvolver soluções estruturais que beneficiem toda a cadeia. Foi constatado que existe a necessidade de uma ação conjunta da indústria para a redução do Custo Brasil e uma Reforma Tributária”, informa o diretor da Abiquim.
Também foi tema comum entre muitos dos setores clientes da química a necessidade de uma abertura comercial cadenciada, responsável, realizada simultaneamente com a redução do Custo Brasil, que aconteça de forma multilateral, beneficiando a população e a indústria nacional.
Os impactos da Medida Provisória (MP) 1.034, de 1º de março de 2021, que entre outras ações extingue o Regime Especial da Indústria Química (Reiq), foram lembrados nas reuniões com os demais setores que serão afetados pela MP.
Além das associações, que já se reuniram com a Abiquim e os fabricantes de resinas termoplásticas integrantes da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas (Coplast), também serão agendadas reuniões com outras associações que estiveram em agenda com a Cadeia do Plástico, realizada em março deste ano pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), do Ministério da Economia.
Plástico Moderno - 31/05/2021
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