quinta-feira, 24 de junho, 2021

Banco Central eleva para 4,6% a previsão de crescimento do PIB em 2021

O Banco Central (BC) revisou sua estimativa para a economia brasileira em 2021 e passou a prever um crescimento de 4,6% no Produto Interno Bruto (PIB). O dado consta no relatório de inflação do segundo trimestre, divulgado nesta quinta-feira (24).
A expectativa anterior da instituição, divulgada em março deste ano, era de uma alta menor no nível de atividade em 2021, da ordem de 3,6%.
A previsão do BC está abaixo da expectativa do mercado financeiro da última semana, que prevê uma alta de 5% para o nível de atividade neste ano. Em maio, o Ministério da Economia estimou uma expansão de 3,5% para o PIB brasileiro neste ano.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia de Covid, que derrubou o PIB em 2020. Entretanto, a economia tem mostrado forte reação nos últimos meses, com a recuperação da atividade mundial e a alta dos preços das "commodities" (produtos básicos, como alimentos, minério de ferro e petróleo).
Segundo o Banco Central, o aumento na previsão para o PIB deste ano reflete, principalmente, o resultado melhor do que o esperado no primeiro trimestre, quando foi registrada uma alta de 1,2%, apesar da piora da crise sanitária. O BC diz esperar resultado próximo à estabilidade para o nível de atividade no segundo trimestre e "crescimento ao longo da segunda metade do ano".
"Adicionalmente, recuperação parcial da confiança dos agentes econômicos, medidas de preservação do emprego e da renda, prognóstico de avanço da campanha de vacinação, elevados preços de 'commodities' e efeitos defasados do estímulo monetário [cortes de juros do ano passado] indicam perspectivas favoráveis para a economia", acrescentou a instituição.
- Incerteza
A instituição informou, ainda, que apesar da redução significativa dos riscos para a recuperação econômica, ainda há "bastante incerteza sobre o ritmo" de crescimento.
"Entre os fatores que podem diminuir a taxa de expansão destaca-se o risco de surgimento ou disseminação de novas variantes de preocupação do SARS-CoV-2.
Dificuldade para obtenção de insumos e custos elevados em algumas cadeias produtivas e eventuais implicações da crise hídrica na bacia hidrográfica do Paraná para a geração de energia elétrica são fatores adicionais que podem atenuar o ritmo de recuperação da atividade", avaliou o Banco Central.
G1 - 24/06/2021
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