sexta-feira, 14 de maio, 2021

Reciclagem química deve crescer

Profissional com mais de 30 anos de experiência em desenvolvimento de embalagens, Eduardo Tadashi Yugue apresentou no ano passado a tese de mestrado “Desafios e Potenciais Soluções para Reciclagem de Embalagens Plásticas Flexíveis Pós-Consumo no Brasil”, na qual mapeou as tecnologias hoje disponíveis para a reciclagem desse gênero de embalagens; entre elas, as tecnologias para remoção das tintas. Constatou: “As embalagens plásticas flexíveis pós-consumo praticamente não são ainda são recicladas no Brasil; na melhor das hipóteses, são descartadas em aterros sanitários”.
Para os resíduos industriais, ele encontrou soluções de remoção de tintas disponíveis em escala industrial, principalmente para filmes monocamadas, ou laminados com impressão externa; em filmes multicamadas as dificuldades são maiores caso a impressão seja feita entre as camadas, caso que exige um processo prévio de delaminação para se remover a tinta, além de ser preciso retirar outros contaminantes, como os adesivos.
Considerando fatores como custos e tecnologias disponíveis, Yugue recomenda uma criteriosa avaliação da viabilidade financeira da remoção da tinta de impressão, que pode melhorar o processo de reciclagem e as propriedades mecânicas do material reciclado, elevando seu valor de comercialização.
“Uma resina cuja tinta foi previamente retirada pode ter características visuais muito similares às de uma resina virgem”, ressalta.
No estudo, além dos métodos mecânicos, Yugue avaliou outras possibilidades para essa reciclagem, como a reciclagem energética e a química. Acredita na expansão dessa última.
“Estão sendo desenvolvidos vários estudos e projetos de reciclagem química, cuja possibilidade de utilização de embalagens flexíveis pós-consumo é maior, e gera produtos de maior valor que podem ser utilizados como matéria-prima para outros processos industriais, podendo até voltar a ser utilizados em embalagens de alimentos, promovendo a economia circular”, justifica.
“Em média, as embalagens flexíveis para alimentos têm um percentual de resinas de 96%, isso precisa ser valorizado e reaproveitado de alguma forma”, finaliza o pesquisador.
Plástico Moderno - 13/05/2021
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