quarta-feira, 10 de março, 2021

Cadeia produtiva do plástico avançou no conceito, apesar da pandemia

A pandemia fez de 2020 um ano inusitado, repleto de distorções e exigindo novos modelos de atividade e relacionamento em todas as vertentes da vida humana. Até na produção industrial, que após as enormes preocupações iniciais, imergiu em uma conjuntura de desequilíbrios e desproporções nos mais diversos mercados, com problemas de abastecimento de matérias-primas, insumos e equipamentos. Cenário, como não poderia deixar de ser, materializado também na cadeia produtiva do plástico que, a despeito das dificuldades atuais, procurou se aproximar um pouco mais dos preceitos da economia circular.
Houve, é claro, contratempos e obstáculos adicionais ao avanço desse processo: por exemplo, na reciclagem, duramente afetada pela quase total paralisação por razões sanitárias das atividades de catadores e cooperativas. Além disso, se no início da pandemia os projetos para o desenvolvimento de produtos e processos mais afeitos ao conceito da circularidade foram prejudicados pelas necessidades de isolamento social, seguiu difícil realizá-los também depois, quando foi preciso atender a uma demanda em rápida expansão.
Foram, no entanto, surgindo projetos para vincular ainda mais o setor à economia circular. Um deles, anunciado em agosto pela Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico): o início de implementação de um acordo de cooperação técnica desenvolvido em parceria com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), focado em métodos eficazes de gestão de resíduos e logística reversa.
“Ele tem duração de um ano, e seu primeiro relatório deve ser apresentado em dezembro”, diz Paulo Teixeira, diretor-superintendente da Abiplast.
Pouco antes, em junho, a Plastivida (Instituto Socioambiental dos Plásticos) lançou oficialmente o programa Pellet Zero – OCS, destinado a certificar empresas comprometidas com a redução da perda na forma de pellets, cuja base são os parâmetros estabelecidos no programa internacional OCS (Operation Clean Sweep), adaptados para a realidade brasileiraBraskem, Dow, Innova, Unigel, e outras vinte empresas – entre transformadores, distribuidores e transportadoras – já obtiveram diferentes estágios dessa certificação.
“Até o final deste ano, a Braskem será a primeira empresa da América Latina a receber a certificação Blue, a máxima concedida pela OCS”, destaca Miguel Bahiense, presidente da Plastivida. “Outras empresas estão em processo de obtenção da certificação”, acrescenta.
A pandemia, pondera Bahiense, não poderia deixar de afetar o avanço da adoção da economia circular pela indústria do plástico, pois impactou toda a vida humana. “Mas ela não diminuiu o interesse do setor por esse tema, aliás, esse interesse é crescente”, enfatiza.
Plástico Moderno - 09/03/2021
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