terça-feira, 26 de janeiro, 2021

Cuba prepara primeira vacina contra coronavírus da América Latina

Pesquisadores cubanos estão determinados a desenvolver a primeira vacina contra o coronavírus concebida e produzida na América Latina. De acordo com Vicente Vérez, doutor e diretor do instituto de vacinas Finlay, o país está habilitado a fabricar, em 2021, 100 milhões de doses da Soberana 2.
“Se tudo correr bem, este ano teremos toda a população vacinada”, diz o doutor. As informações são do portal UOL.
A Soberana 2 é o projeto mais avançado até o momento e passou na segunda-feira, 18, para a segunda parte da segunda fase de testes, com 900 voluntários colaborando. Caso os resultados sejam positivos, entrará na terceira e última fase antes da aprovação, com 150 mil voluntários.
Os cientistas cubanos trabalham ao total em quatro vacinas: Soberana 1 e 2, Abdala e Mambisa. As três primeiras são administradas com injeção e a quarta com spray nasal.
Segundo Vérez, o país objetiva iniciar a campanha de vacinação no primeiro semestre do ano, com a imunização gratuita e não-obrigatória para a população cubana e opcional para turistas. Com 19.122 casos confirmados e 180 mortes, Cuba é um dos países latinoamericanos menos afetados pela Covid-19.
O representante local da Organização Mundial da Saúde (OMS), José Moya, demonstra otimismo com os avanços em Cuba e realça que a região “foi a primeira candidata da América Latina e do Caribe a colocar sua vacina em fase clínica”. “Cuba tem mais de 30 anos de experiência em produzir suas próprias vacinas. Quase 80% das vacinas do programa nacional de imunização de Cuba são produzidas no país”, diz.
Nils Graber, pesquisador de antropologia da saúde da suíça Universidade de Lausanne, relata que, na década de 1980, Cuba apostou na biotecnologia e descobriu a primeira vacina contra o meningococo B. A exportação de serviços hospitalares, incluindo medicamentos, vacinas e equipe médica, é atualmente a principal fonte de renda do país, com 6,3 bilhões de dólares arrecadados em 2018.
Em 2020, a ilha enviou equipes médicas para 40 países para o combate à Covid-19. O envio de seus médicos ao exterior e a fabricação de sua própria vacina “também é uma política que aumenta o prestígio do país”, finaliza Nils.
OPOVO online - 22/01/2021
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