terça-feira, 10 de dezembro, 2019

Heliar desenvolve no Brasil baterias mais leves e mais econômicas

Fabricante de baterias da marca Heliar em Sorocaba (SP), o grupo canadense Clarios trabalha na nacionalização de uma versão mais eficiente e mais leve que a atual, para ajudar montadoras do Brasil a atenderem às normas de eficiência energética que entrarão em vigor em 2021. A empresa criada com a compra global da divisão de baterias da Johnson Controls também lançou no País, em novembro, baterias elétricas para motos, inicialmente importadas da Ásia. Somos a maior fabricante de baterias na América do Sul. Recentemente, com um projeto de modernização e aquisição de novos robôs, ampliamos nossa capacidade produtiva em 11%, para 10 milhões de unidades anuais. Neste ano, vendemos 9 milhões de baterias para carros, caminhões, ônibus, motos e estacionários. A modernização reduziu mão de obra? Temos 1,3 mil funcionários e a instalação de mais 12 robôs – ante cinco anteriormente –, não resultará em redução de mão de obra, pois os funcionários vão migrar para outras operações, mas nossa produção vai aumentar sem contratações. A Moura é a maior concorrente da Heliar. Quanto vocês detém do mercado? Não divulgamos, por questão estratégica. Qual a atuação global da empresa? A Clarios é a maior empresa de baterias do mundo. Vendeu 154 milhões de unidades em 2018 e teve US$ 8 bilhões de receita. Uma em cada três baterias de carros lançados globalmente é nossa. Temos o leque todo de produtos, desde baterias de chumbo ácido convencional, chumbo ácido avançada e de íon de lítio. Vocês farão bateria elétrica no Brasil? Lançamos no mês passado bateria de íon de lítio para motos, a Heliar Lítio, importada da Ásia. Ela é 70% mais leve que a de chumbo ácido e dez vezes mais durável e, por isso, contribui para o veículo atingir velocidade mais alta e de forma mais rápida, além de economizar combustível. Focamos nas motos pois nossa marca está presente em nove de cada dez motos feitas no Brasil. Esse mercado ainda é pequeno, por isso no curto prazo não há plano de produção local. Há projeto para baterias mais eficientes e mais econômicas? Temos vários desenvolvimentos de baterias com montadoras para ajudá-las a atender o programa Rota 2030. Já temos a EFB (uma evolução da bateria comum), mas, para cumprir a nova legislação, estamos investindo na criação de um modelo especial para o fim de 2020.
O Estado de S.Paulo - 09/12/2019
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