terça-feira, 06 de dezembro, 2016

Quedas nas vendas dos medicamentos genéricos preocupam o setor

A desaceleração do crescimento do mercado de medicamentos genéricos começa a preocupar a indústria, que registrou sua segunda retração mensal consecutiva em outubro, segundo a Progenéricos, que representa o setor.
Em outubro, o faturamento com as vendas caiu 5,8% em relação a setembro, mês em que também houve queda de 2,8%, apontam dados do IMS Health.
Apesar das oscilações nos resultados mensais, a receita deste ano até outubro segue 8,3% maior que no mesmo período de 2015, sem considerar a inflação no período, de 5,8%.
O resultado é um reflexo da economia fragilizada, e não de um esgotamento das migrações ao setor, avalia a presidente da associação, Telma Salles.
"A troca de medicamentos de referência por genéricos continua em alta, porém o mercado como um todo se retraiu." O setor chegou, em outubro, à sua maior fatia de mercado do ano: 31,5% das unidades vendidas.
O vencimento de patentes na área de biossimilares é aguardado pelas empresas como um dos fatores que poderão impulsionar o mercado.
O processo, no entanto, sofre com a demora por parte do INPI (instituto de propriedade intelectual), diz ela.
"O órgão precisa de mais eficiência. São produtos que poderiam nos beneficiar a curto prazo, mas não temos previsão de quando isso deverá se concretizar."
Folha de S. Paulo

Rumo ao exterior
As vendas de revestimentos cerâmicos para o exterior cresceram 22% entre janeiro e outubro deste ano na comparação com 2015, aponta a Anfacer (associação do setor).
Outros países compram hoje cerca de 13% da produção brasileira e ajudaram a reduzir as perdas em 2016, segundo a entidade.
Empurrado pela alta do dólar no início do ano, o Grupo Fragnani, que teve queda de 6,1% na receita entre janeiro e outubro, dobrou o volume exportado em relação a 2015.
"Vendemos 5,1 milhões de m² para fora, quase 15% da nossa produção, diz João Ribeiro, diretor da empresa.
A Portobello teve alta de 10% nas exportações até o terceiro trimestre. A variação é menor que o previsto inicialmente. "A oscilação do câmbio atrapalhou", diz o diretor financeiro John Suzuki.
Folha de S. Paulo
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