São Paulo - O disputado mercado de smartphones ganha mais um concorrente. Desta vez nacional. Fruto de uma parceria entre engenheiros brasileiros, bancados por um fundo de investimento, e um grupo chinês de semicondutores integrados, a Spreadtrum, já está chegando ao mercado os aparelhos fabricados pela Rockcel.
A meta da nova companhia é atingir uma faixa que, segundo eles, está sendo deixada de lado pelos grandes fabricantes: a de celulares de até R$ 600. "O mercado é muito grande e muitas das grandes marcas estão focadas nos segmentos high e middle marketing, o que abre espaço para outros concorrentes", explica o CEO da empresa, José Eduardo Ferreira.
Para o diretor de marketing, Aldo Moino, a competição é acirrada mesmo, mas há espaço para quem oferecer um bom produto e, principalmente, com uma boa relação custo-benefício e com um bom pós-venda. "Estamos trabalhando muito nisso, para que nossos clientes tenham uma boa experiência", explica o executivo, que traz na bagagem anos de experiência em empresas de bens de consumo como Ericsson e Sharp.
Na estratégia, a Rockcel inclui promoção em ponto de venda e até um ônibus, o Rockbus, que vai a eventos musicais e festas. A empresa - que instalou fábrica em Avaré, no interior de São Paulo, com capacidade para 1,4 milhão unidades por ano - espera vender em 2017 até 500 mil telefones. Os executivos da Rockcel esperam abocanhar uma fatia de até 1% do mercado, segundo Moino. E devem brigar com marcas voltadas para o mercado de custo e benefício, como Positivo e Alcatel.
Segundo dados da IDC, depois de cinco trimestres de queda o mercado de celulares no Brasil voltou a crescer. De julho e setembro foram vendidos 12,5 milhões de dispositivos no país, sendo 11,1 milhões de smartphones e 1,4 milhão de aparelhos convencionais. Isto é 7,2% maior que em igual período de 2015.
DCI
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