Remédios têm vice-liderança no e-commerce

O varejo farmacêutico aparece na contramão do cenário econômico atual, com um crescimento de 10,42% no primeiro trimestre deste ano. O segmento faturou R$ 8,24 bilhões. As vendas pelas internet surgem como um novo nicho, tanto que a categoria ocupa a segunda posição no ranking de vendas on-line.
A Drogaria Nova Esperança é um exemplo de empresa que obteve bons resultados após adotar as vendas on-line. Ela segue o exemplo de grandes marcas do setor, que tiveram sucesso ao trilhar o mesmo caminho, como Ultrafarma, Raia Drogasil (Droga Raia e Drogasil) e Drogaria São Paulo.
Atrás apenas da categoria de moda e acessórios, o varejo farmacêutico assume a segunda posição no ranking on-line. Entre comércio físico e virtual, segmento faturou R$ 8,24 bilhões em 2014
Ana Paula Silva
Clientes têm preferência na categoria de cosméticos e artigos de saúde, aponta ranking do E-bit
Clientes têm preferência na categoria de cosméticos e artigos de saúde, aponta ranking do E-bit
Foto: Dreamstime
São Paulo - O varejo farmacêutico aparece na contramão do cenário econômico atual, com um crescimento de 10,42% no primeiro trimestre deste ano. O segmento faturou R$ 8,24 bilhões. As vendas pelas internet surgem como um novo nicho, tanto que a categoria ocupa a segunda posição no ranking de vendas on-line.
A Drogaria Nova Esperança é um exemplo de empresa que obteve bons resultados após adotar as vendas on-line. Ela segue o exemplo de grandes marcas do setor, que tiveram sucesso ao trilhar o mesmo caminho, como Ultrafarma, Raia Drogasil (Droga Raia e Drogasil) e Drogaria São Paulo.
O fundador e diretor da Drogaria Nova Esperança, Marcos Antonio Dávida, diz que apesar do cenário desfavorável da economia do País, acredita em um crescimento de 22%, ou até mais. "Só no primeiro trimestre deste ano, o faturamento de vendas pela internet aumentou 9%". Segundo Dávida, o ano de 2015 será, sim, promissor, principalmente para as empresas que possuem o canal de vendas on-line. Hoje, a Drogaria Nova Esperança atende a todo o território nacional e possui apenas uma loja física na capital paulista, em Pirituba.
De acordo com dados divulgados pela consultoria E-bit, em volume de pedidos, os itens da categoria de cosméticos e perfumaria, cuidados pessoais e saúde representaram 15% do total em 2014. O segmento está atrás só da categoria moda e acessórios.
Há 10 anos investindo no e-commerce , a Ultrafarma diz ter visto no canal uma ótima oportunidade para vender em grande quantidade. "Alcançamos um mercado cada vez maior e isso foi fundamental para solidificar um outro conceito-chave nos negócios: o de vender em grande quantidade", comentou o analista de e-commerce da empresa, Ricardo Vieira da Silva. A rede possui quatro lojas físicas na cidade de São Paulo, mas atende a pedidos em todo o País.
Estratégia
Conforme o diretor de comunicação e marketing da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net), Gerson Rolim, a estratégia de ampliar a farmácia como um ambiente não somente para os cuidados com a saúde, mas também focado no bem-estar, tem influenciado a rentabilidade das empresas do ramo.
Para ele, o maior desafio das farmácias virtuais é não poder destacar em suas páginas iniciais as imagens de medicamentos que necessitam de prescrição médica. "Por não poder explorar os seus principais produtos, outras categorias como cosméticos e cuidados pessoais têm grande importância, tanto na captação de clientes quanto no aumento do tíquete médio."
Já o presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, acredita que "o e-commerce deve se integrar ao negócio tradicional por ser natural que o cliente busque comprar e receber em casa tudo o que ele encontra na loja física".
Sobre o estoque, na Drogaria Nova Esperança Dádiva explica que a empresa mantém, em média, 60 dias de reposição. Já a Ultrafarma ressalta que optou por trabalhar para manter atualizados todos os dados de estoque: "de modo a garantir aos seus clientes uma boa experiência de compra".