terça-feira, 31 de março, 2015

Saint-Gobain investe R$ 550 milhões em novas fábricas e no varejo em 2015

A Saint-Gobain parece estar alheia à desaceleração verificada no setor de material de construção. Com um aporte previsto de R$ 550 milhões para 2015, no Brasil, a companhia deve investir tanto na produção quanto no varejo.
"O Brasil sempre se adaptou rapidamente aos cenários de crise. Vamos continuar crescendo no mercado brasileiro", afirma o CEO global da Saint-Gobain, Pierre-André de Chalendar.
Para este ano, o conglomerado francês pretende inaugurar três fábricas no País e pode abrir entre três ou quatro unidades da Telhanorte.
"Para 2015, projetamos um crescimento entre 7% e 8%", declara o presidente da Saint-Gobain para Brasil, Argentina e Chile, Thierry Fournier. Apesar do otimismo, o executivo admite que o cenário é desafiador.
"A inflação está subindo e a alta do dólar impacta o pouco de matéria-prima que importamos. Esse ano vai ser mais difícil", comenta.
Segundo o CEO do grupo, o Brasil nem sempre foi um "rio tranquilo". "Essa não é a primeira dificuldade que encontramos por aqui. Mas continuamos com bons resultados", diz Chalendar.
Em 2014, o grupo obteve faturamento de R$ 10 bilhões no Brasil nos diversos segmentos em que atua, desde argamassas (sob o selo Weber) até projetos de infraestrutura (Saint-Gobain Canalização). "Temos conseguido crescimento e boa rentabilidade no País", garante Chalendar.
Além dos investimentos em produção e no varejo, a Saint-Gobain também investe no seu oitavo centro de pesquisa e desenvolvimento, o primeiro em solo nacional.
"O Brasil tem problemáticas específicas e matérias-primas únicas. Desenvolveremos pesquisa e novos produtos ligados ao País", explica Chalendar.
E diante do cenário de retração econômica e alta da inflação, a Saint-Gobain aposta na diversificação do seu portfólio para crescer. "Temos uma atuação muito forte no País", diz Chalendar.
É o caso do Minha Casa Minha Vida, programa que a companhia participa fornecendo diversos produtos.
"Este é um programa muito importante para o País e que tem demandado muito do setor", explica Fournier.
Outro negócio que vai bem é o de vidros para embalagens (Verallia). Neste ano, o grupo deve inaugurar mais uma fábrica no Nordeste de olho no potencial de crescimento do mercado de bebidas. "Nossa meta é sempre de crescimento orgânico", ressalta o executivo.
Em 2015 o grupo celebra 78 anos de Brasil e 350 anos de existência. "A fórmula para crescermos de maneira sustentável é sempre renovar os produtos. Tanto que a cada cinco anos renovamos totalmente o nosso portfólio", diz Fournier.
Apesar de se manter constantemente otimista, o presidente da Saint-Gobain Brasil afirma que a inflação preocupa. "Não estamos conseguindo absorver os custos", declara.
Ele ressalta, entretanto, que a companhia trabalha para melhorar a produtividade. "Assim, evitamos repassar o aumento de custos em sua totalidade ao consumidor", revela.
Chalendar reforça que, apesar do cenário econômico, o Brasil possui uma posição de destaque perante a matriz. "Acompanhamos de perto a evolução da habitação na região e o País possui um potencial de crescimento muito grande", pondera. "O Brasil consegue ter uma boa adaptabilidade", avalia
DCI
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