sexta-feira, 13 de novembro, 2015

Suzano vai investir R$ 1,56 bi em plantas do NE

A Suzano Papel e Celulose vai investir cerca de R$ 1,56 bilhão nas unidades de Mucuri (BA) e Imperatriz (MA) para expandir sua produção e para instalar duas linhas de confecção de bobinas usadas na fabricação de papel higiênico.
Do total, R$ 1,14 bilhão serão investidos na ampliação da capacidade das fábricas. O projeto inclui a modernização de máquinas mais antigas na planta baiana e um aumento da produtividade de todas as áreas da linha no Maranhão. De acordo com o presidente da empresa, Walter Schalka, quando as melhorias forem concluídas, em 2018, a Suzano terá a capacidade ampliada de 4,7 milhões de toneladas de celulose anuais para 5,1 milhões.
Os recursos serão aportados também nas bases florestais da companhia, para expandir e aproximar florestas das unidades, que vão precisar de um suprimento adicional de madeira para produzir mais celulose. Os investimentos serão diluídos, sendo R$ 510 milhões em 2016, R$ 585 em 2017 e R$ 45 milhões em 2018.
Segundo Schalka, uma parte da produção suplementar de celulose será usada para abastecer as novas linhas de fabricação de bobinas de papel higiênico que serão instaladas no final de 2017. As unidades custarão à empresa R$ 425 milhões e vão ter capacidade para produzir 60 mil toneladas de tissue para a produção de papel higiênico de folha dupla ou 70 mil no caso de o produto ser destinado à folha simples.
"Essa nova linha vai garantir competitividade estrutural para a fabricação de papel tissue no Nordeste", afirmou o executivo ontem em entrevista coletiva. "O mercado de papéis sanitários cresce 5% ao ano no Brasil e na região cresce muito mais, porque o consumo per capita lá ainda é bem menor do que o do resto do País."
A estratégia, segundo a empresa, é atuar como parceira de grandes produtores do segmento higiênico, fornecendo os jumbos que serão convertidos no produto final. Schalka ressaltou que a Suzano não descarta a possibilidade de atuar na confecção do papel higiênico pronto, mas disse que a decisão vai depender das negociações com os parceiros.
Metade dos investimentos será pago com capital próprio da companhia e os outros 50% serão captados em financiamentos junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou com agências internacionais.
O presidente da empresa garantiu ainda que os outros projetos recentes da empresa, que incluem a nova linha de produção de fluff e a unidade de extração de lignina estão dentro do prazo e do orçamento.
Terceiro trimestre
A Suzano divulgou ontem seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2015, no qual registrou um crescimento de quase 51% na receita líquida em relação aos mesmos meses do ano anterior. Os ganhos da empresa somaram R$ 2,98 bilhões no período, impulsionados pelo impacto positivo da desvalorização do real sobre a receita com produtos exportados e pelo preço maior da celulose no Brasil e no exterior.
O volume de vendas de celulose da companhia aumentou 3,3% na comparação anual, ao mesmo tempo em que a comercialização de papel recuou 1,5%. A China foi o país onde houve o maior crescimento, enquanto o mercado brasileiro voltou a decepcionar. No fim, a Suzano registrou um prejuízo líquido de R$ 959 milhões, impactado pela variação cambial sobre sua dívida em dólares.
DCI
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