sexta-feira, 31 de janeiro, 2014

Mercedes amplia financiamento para veículos extrapesados

A briga no segmento mais rentável de caminhões, o de extrapesados, deve ficar ainda mais acirrada com a ampliação do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o modelo Actros, da Mercedes-Benz. O chamado Finame é responsável por cerca de 90% das vendas nacionais de extrapesados, que têm um preço bastante elevado.
"Agora temos condições de competir igualmente com nossos concorrentes. Sem o Finame, não temos como brigar", afirmou nesta quarta-feira o presidente da Mercedes no Brasil, Philipp Schiemer. Atualmente, os players com maior fatia de mercado em extrapesados no País são as suecas Volvo e Scania (do grupo Volkswagen).
O executivo destaca que este segmento é o que mais cresce no Brasil, tendo registrado um incremento em torno de 40% no ano passado principalmente devido à safra recorde. Para 2014, a montadora espera resultado semelhante neste nicho de mercado.
"Neste ano, a situação deve se repetir e o segmento extrapesado deve crescer fortemente", ressalta Schiemer.
A Mercedes anunciou recentemente um programa de aportes de R$ 2,5 bilhões para o período entre 2010 e 2015. Cerca de R$ 300 milhões já foram usados para o projeto de nacionalização do Actros.
"Cada etapa de nacionalização envolve o aumento do uso de componentes locais, como motor e eixo Mercedes", afirma o gerente sênior de planejamento da produção de caminhões, Alexandre Nogueira.
O executivo explica que a Mercedes negociou com o BNDES para conseguir financiamento progressivo de dois modelos do Actros (os mais vendidos da marca) de acordo com as fases de nacionalização do veículo. Até o ano passado, a companhia possuía 20% de conteúdo local, o que dava direito a 60% de Finame.
A partir de fevereiro deste ano, a parcela financiável passará para 80% do total (já que a nacionalização atingiu 40%). A meta é atingir 100% do Finame para 2015.
Schiemer afirmou ainda esperar para 2014 vendas totais do mercado em torno de 150 mil unidades, número registrado em 2013. "Estamos otimistas para este ano. Se atingirmos o volume do ano passado, já considero um bom resultado", diz o presidente da companhia.
Diário Comércio Indústria e Serviços – 30/01/2014
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