quarta-feira, 18 de setembro, 2013

Setor de tintas reverte projeção de queda e vê alta de 1% no ano

A indústria brasileira de tintas prevê crescimento de 1% em volume em 2013, diante do 1,398 bilhão de litros fabricados no ano anterior. O avanço em faturamento deve ser ainda maior, entre 4% e 5%, refletindo a alta de preços, fruto da desvalorização do real em relação ao dólar, posto que 65% a 75% dos insumos utilizados são dolarizados.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16), pelo presidente do conselho diretor da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), Antonio Carlos Lacerda, durante o 13º Congresso Internacional de Tintas, em São Paulo. A projeção reverte expectativa inicial da associação, de uma queda de 0,4% para a produção nacional de tintas no ano.
"Começamos o ano um pouco mais devagar, com o primeiro e o segundo trimestres bem complicados, especialmente em tintas decorativas. Mas já nos últimos dois meses existe uma reação de mercado", afirma Lacerda. Segundo ele, a surpresa em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre mudou a perspectiva do setor. "O crescimento do mercado de tintas é diretamente relacionado ao PIB. Uma vez que houve uma surpresa positiva no crescimento do PIB, isso se traduz num avanço também da demanda por tintas", explica.
O segmento automotivo deve liderar o avanço, com alta de 4% a 5% em 2013 - somando pintura original e repintura este nicho representa 8% do volume e 15% do faturamento do setor. "O mercado está muito ativo com o aumento da produção de veículos este ano", afirma.
Já as tintas decorativas, mais importante segmento de mercado, representando 80% do volume e 63% do faturamento, devem ficar estáveis, porém com viés de alta para 2014, com a retomada dos lançamentos imobiliários e a perspectiva de um melhor cenário econômico, que estimula a pintura e repintura de imóveis existentes. "Os lançamentos imobiliários ajudam bastante, pois 20% da tinta vai para imóveis novos, e a retomada da atividade econômica faz com que nosso grande mercado, que é a pintura de reforma das casas, cresça", diz Lacerda.
O segmento industrial (12% do volume e 22% do faturamento), por fim, deve acompanhar o avanço da atividade industrial, com expectativa de também permanecer estável em relação ao ano passado. Para 2014, a Abrafati projeta crescimento de 1% acima do PIB para o setor.
Diário Comércio Indústria e Serviços – 17/09/2013
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