quinta-feira, 26 de setembro, 2013

Ri Happy investe em rede de produtos para bebê

O desempenho de uma área reservada para produtos para bebês em 40 lojas da PBKids fez com que a Ri Happy, que comprou a rede rival em junho de 2012, decidisse investir mais fortemente no segmento. O grupo, dono das duas varejistas de brinquedos e controlado pelo fundo Carlyle, lança amanhã uma terceira cadeia de lojas, a Ri Happy Baby. Héctor Núñez, presidente-executivo da companhia, disse ao Valor que o plano é abrir 100 pontos da nova marca até 2018. A iniciativa consumirá investimentos de cerca R$ 200 milhões.
As lojas terão 500 m2 e uma oferta de aproximadamente 4 mil itens para bebês de zero a três anos, de carrinhos de passeio a roupas e produtos de higiene. Além, claro, de brinquedos. Haverá ainda produtos específicos para gestantes, como meias e lingeries. O projeto fez com que o grupo adicionasse pelo menos 50 empresas a seu rol de fornecedores.
Segundo Núñez, o mercado de produtos para bebês e crianças de até 3 anos movimenta cerca de R$ 23 bilhões por ano no país, incluindo móveis como berços e cômodas. "Mais de duas vezes o mercado de brinquedos, de quase R$ 9 bilhões", disse. Inicialmente, móveis não farão parte do portfólio da Ri Happy Baby, mas a ideia é entrar no segmento no futuro. "É um mercado que nos interessa e certamente estaremos nele."
A primeira loja Ri Happy Baby será inaugurada amanhã no shopping São Bernardo Plaza, em São Bernardo do Campo (SP). Na quinta-feira, será aberta a segunda, em São José (SC), no Continente Park Shopping. Uma terceira está prevista para dezembro em Ribeirão Preto (SP). Na capital paulista, a estreia deve ocorrer no primeiro semestre do ano que vem. E em 1º de outubro, começa a funcionar o site de vendas da nova marca.
O desaquecimento da economia não afeta os planos do grupo, que está investindo outros R$ 200 milhões até 2015 na ampliação das redes de brinquedos. A meta é atingir em torno de 300 unidades das duas bandeiras - hoje são 198, 131 da Ri Happy e 67 da PBKids. Com isso, o faturamento total deve alcançar R$ 2 bilhões em 2015, o dobro do obtido no ano passado.
"Apesar de o Brasil não estar no mesmo ritmo dos últimos anos, estamos aqui para o longo prazo", afirmou Núñez. "O jogo é uma maratona, não 100 metros rasos." Além disso, o mercado de produtos para bebê se mostra mais resistente a variações macroeconômicas do que outros setores. "Os pais podem sair menos vezes por mês para comer fora, por exemplo, mas sempre vão querer os melhores artigos para os filhos", acrescentou.
Por esse motivo, a Ri Happy não é a única a olhar com atenção para o consumidor que tem filhos pequenos. A rede Alô Bebê, que também tem um modelo de grandes lojas (no mínimo 800 m2) e amplo sortimento (cerca de 10 mil itens), iniciou este ano a expansão fora do Estado de São Paulo, com uma loja no Rio. "O mercado de produtos para bebê se comporta de forma mais ou menos linear. Para o filho, a mãe dá prioridade", afirmou Milton Bueno, gerente de marketing da Alô Bebê. A empresa, de controle familiar, tem 21 pontos de venda da rede principal e um do Espaço Gestar, voltado para grávidas.
Segundo Bueno, as vendas vêm aumentando 20% este ano sobre 2012. No ano passado, a alta foi de 30%. "Fomos atingidos pela desaceleração, mas não tanto", disse. Sem considerar a inauguração de lojas, o crescimento atual fica entre 8% e 9%. Até dezembro, mais dois pontos Alô Bebê devem ser abertos - um deles no Centro-Oeste. Para 2014 estão previstas mais três unidades e a entrada no mercado nordestino.
Na Ri Happy Baby, além das lojas próprias, o plano de expansão prevê espaços de 50 m2 dentro de lojas Ri Happy existentes (seguindo o modelo de "store in store" já usado na PBKids). Em alguns locais, como em São José (SC), a nova marca será instalada ao lado da loja Ri Happy, com um corredor que permitirá o trânsito entre as duas.
Núñez prefere não projetar receita ou participação de mercado para a nova rede. A expectativa do grupo é estender a força de suas marcas para o novo projeto. Em brinquedos, o grupo é líder no país, com 23% das vendas.
Valor Econômico - 25/09/2013
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