terça-feira, 24 de setembro, 2013

Microsoft acirra guerra dos tablets

A Microsoft deu, ontem, um comando de "reiniciar" em seu hesitante negócio de tablets, ao anunciar os modelos de segunda geração de seus aparelhos, criados para estabelecer uma ponte entre os PCs e as máquinas que funcionam totalmente a toque de tela.
A remodelação obteve uma resposta mais positiva dos analistas do setor em comparação com a primeira versão dos tablets Surface, que foi lançada no fim do ano passado e se tornou um fracasso de vendas. "A Microsoft claramente aprendeu [a lição]", disse Richard Doherty, analista da Envisioneering, uma empresa de pesquisas especializada no setor tecnológico. Segundo ele, a adoção de uma nova capa que se transforma em um touchpad altamente sensível poderá dar à companhia uma vantagem sobre a Apple em uma nova e promissora área da tecnologia.
Recentemente, a Microsoft reduziu o preço e fez uma baixa contábil de US$ 900 milhões contra um de seus tablets de primeira geração, o RT. A máquina foi a primeira a rodar no sistema operacional Windows sobre chips ARM de baixa potência, geralmente encontrados em smartphones e tablets.
A baixa contábil anulou a receita de US$ 853 milhões que a Microsoft havia anunciado para o RT e o modelo Pro, baseado em chip da Intel, nos primeiros oito meses dos aparelhos no mercado. Em contraste, a Apple vendeu US$ 25,8 bilhões em iPads em nove meses.
Melhor desempenho, baterias com duração mais longa e um número maior de aplicativos deverão tornar a segunda geração dos tablets da Microsoft mais atraentes para os potenciais clientes, segundo analistas do setor.
As mudanças para melhorar o apelo do RT, que passou a se chamar Surface 2, incluem um invólucro cinza e um reposicionamento de marca que tirou a logomarca do Windows das máquinas. Os preços permaneceram inalterados em relação aos da primeira geração, em US$ 499 para o Surface 2 e US$ 899 para o modelo Pro, projetado para competir com os ultrabooks e outros laptops de peso leve e alto desempenho.
Mas mesmo com um aparelho mais atraente, a Microsoft terá que se esforçar mais em seu posicionamento de marca e marketing para o Surface ter uma chance, disse JP Gownder, analista da empresa de pesquisa Forrester Research.
Executivos da Microsoft admitiram deslizes de marketing em seu primeiro esforço na tecnologia de toque, que incluem o sistema operacional Windows 8 e o Surface, e prometeram um lançamento mais eficiente para os novos softwares e dispositivos que chegarão ao mercado ainda neste ano.
Os mais novos Surface vão enfrentar uma concorrência acirrada na temporada de fim de ano, considerada muito importante. Companhias como a Apple e a Amazon já deram sinais de que vão lançar novas máquinas. "Provavelmente, veremos iPads melhores nas próximas quatro semanas, antes de o Surface chegar às lojas", disse Doherty, da Envisioneering.
As novas capas sensíveis ao toque do Surface têm mais de mil sensores, o que torna possível criar versões para aplicações específicas. A Microsoft exibiu uma capa que opera como mixer de áudio, com os controles deslizantes e seletores inseridos na tela sensível ao toque.
No Brasil, não há prazo para a estreia do Surface, informou a assessoria da Microsoft.
Valor Econômico - 24/09/2013
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