segunda-feira, 19 de agosto, 2013

Vendas de carros novos sobem quase 5% na primeira quinzena de agosto

SÃO PAULO - As vendas de carros novos deste mês estão um pouco acima dos volumes de julho, mas, como se esperava, sem repetir o desempenho de agosto do ano passado, que foi o melhor mês na história da indústria automobilística brasileira.
Durante a primeira quinzena, foram emplacados 152,7 mil automóveis e utilitários leves no país, o que corresponde a uma alta de 4,7% em relação ao desempenho do mesmo período de julho, quando as vendas, contudo, foram prejudicadas por um feriado em São Paulo, maior mercado do país.
Já na comparação com o volume de um ano antes, as vendas deste mês mostram queda de 10%, segundo dados preliminares fornecidos por fontes com acesso aos emplacamentos diários.
A Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de veículos, informou que não vai mais divulgar os resultados quinzenais do setor.
O desempenho derruba para 1,4% o crescimento das vendas de carros no acumulado do ano, que chegou a mostrar aumento próximo a 9% em maio. Até ontem, as vendas no ano somavam 2,18 milhões de veículos, sem incluir na conta os caminhões e os ônibus.
Rodrigo Nishida, analista da LCA, diz que o mercado tende a inverter a curva de crescimento e fechar o agosto com queda no volume acumulado de 2013. Desta vez, o calendário menos favorável, com um dia útil de venda a menos tanto em relação a julho como na comparação com o mesmo período do ano passado, deve levar a uma queda nos resultados de agosto.
Nas contas de Nishida, as vendas de carros fecharão o mês com um volume ao redor de 317 mil unidades, o que seria uma queda de 2% em relação ao volume do mês passado. A projeção ainda indica uma queda de 22% na comparação com agosto de 2012, quando mais de 405 mil carros foram licenciados em meio à corrida dos consumidores para aproveitar os descontos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que poderiam ser retirados no mês seguinte — o que não aconteceu.
O analista diz que os últimos números da indústria colocam em risco até mesmo projeções conservadoras que apontam para um crescimento de 1% das vendas neste ano. Segundo ele, para chegar a esse número, o mercado teria que voltar a um ritmo diário de vendas superior a 15 mil carros, o que só aconteceu, neste ano, em junho. “Agora estou com uma dúvida maior sobre essa previsão”, afirma Nishida, que prevê para este mês, uma média diária de emplacamentos na casa de 14,4 mil unidades, levando em conta uma aceleração do mercado na segunda quinzena.
As projeções da Anfavea, entidade que representa as montadoras, apontam para um crescimento na faixa de 3,5% a 4,5% das vendas em 2013, incluindo, nesse caso, os volumes de caminhões e ônibus.
Valor Econômico - 16/08/2013
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