Cinex vai produzir vidros laminados

De olho na expansão do setor da construção civil no país, a Cinex, fabricante de divisórias e portas de vidro e alumínio para móveis, coloca em operação em agosto uma unidade de produção de vidros laminados para aplicação tanto em ambientes internos quanto em vidros e fachadas externas de casas e edifícios. A vidraçaria, que ficará em frente à fábrica principal da empresa em Bento Gonçalves (RS), começou a ser construída em 2011 e está em fase final de instalação e ajustes, disse o diretor-presidente César Cini.
Conforme o empresário, a nova fábrica vai abastecer as linhas da própria Cinex, mas a maior parte da produção será vendida no mercado com a marca "Estra Vetro". De acordo com ele, a unidade tem potencial para atingir um faturamento bruto de R$ 25 milhões por ano entre 2014 e 2015. Em 2013, sem considerar a nova operação, a Cinex projeta um crescimento de 15% na receita em comparação com os R$ 69 milhões do ano passado e para 2015 a meta é chegar a vendas consolidadas de R$ 150 milhões.
A "Estra Vetro" vai produzir laminados de espessuras especiais, com lâminas de até 15 milímetros para uso como degraus de escadas, por exemplo, e também vai oferecer vidros de grandes dimensões pintados ou com aplicação de fotografias, disse Cini. De acordo com ele, a maior parte dos produtos com essas características disponíveis no mercado brasileiro é importada. Os vidros laminados são mais seguros do que os temperados, porque não soltam estilhaços quando quebram, e também oferecem maior conforto térmico e acústico, acrescentou o empresário.
A nova unidade foi equipada com máquinas importadas da Itália e exigiu investimentos de € 3 milhões, o equivalente a R$ 7,9 milhões, sendo 60% financiados pelo Banco do Brasil, informou Cini. A Cinex também pretende concluir no segundo semestre deste ano a transferência do laboratório de pesquisas em Treviso, na Itália, de uma área alugada de 100 metros quadrados para um prédio próprio de 700 metros quadrados. O investimento na expansão soma €1 milhão. Segundo Cini, no local são feitos testes de materiais e desenvolvimento de novos produtos em parceria com três estúdios de design, sendo dois italianos e um inglês, além de encontros com clientes e fornecedores.