terça-feira, 14 de junho, 2016

Tenda Atacado revê plano de expansão

O Tenda Atacado, da família Severini, prevê expansão de 14% nas vendas em 2016, com projeção de alcançar receita bruta de R$ 2,6 bilhões, considerando a abertura de, pelo menos, uma loja neste ano. Na avaliação da empresa, ainda não está claro se o pior da crise econômica já passou, disse Carlos Eduardo Severini, presidente do conselho de administração do Tenda Atacado. Em uma posição cautelosa, a companhia decidiu conter investimentos. A rede tem 25 lojas de atacarejo no País, modelo que atende pequenos negócios, mas também o consumidor. Em 2015, cresceu 6,5%, com a receita bruta atingindo R$ 2,28 bilhões.
Questionado sobre o recente aumento do interesse de fundos de private equity em comprar participações minoritárias em empresas do setor, o comando disse que "está aberto a ouvir" propostas, mas não há negociações em andamento agora. "Neste momento, não há nada, mas acredito que teremos alguma movimentação, porque há mais sondagens de investidores interessados em negócios no setor".
Em 2012, a empresa quase foi vendida ao GPA (Grupo Pão de Açúcar), mas discordâncias em relação ao valor final da operação inviabilizaram o negócio, segundo fontes do setor. No segmento de atacarejo, o GPA é dono da rede Assaí, comprada em 2007.
Expansão cautelosa
Em 2015, a Tenda abriu apenas uma nova loja. Para 2016, além da inauguração em Hortolândia (SP) prevista para o fim de junho, outras duas aberturas podem ocorrer, mas não há garantias. "Por causa da crise, decidimos dar uma segurada nos investimentos. Usamos recursos próprios e eles são limitados. As linhas de créditos encareceram, então, até termos segurança maior, o plano é abrir uma loja. Para as outras duas, ainda não temos o ponto certo, então podem ser adiadas para 2017", afirma.
Os investimentos por unidade têm variado de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões. Até 2010, o Tenda Atacado possuía 14 lojas. Nos últimos seis anos, a quantidade quase dobrou, alcançando 25 unidades no País.
Outro projeto, de abertura de um segundo centro de distribuição no Estado de São Paulo, que deve se localizar na região de Campinas, seria necessário por causa do uso da capacidade instalada do atual centro de distribuição. A empresa diz que o uso da estrutura está próximo do limite - há um centro de distribuição em Guarulhos (SP). A companhia não planeja investir em outros Estados além de São Paulo hoje.
Segundo Severini, foi perceptível uma queda na venda ao pequeno varejista, que têm sido afetado por uma retração no consumo da população desde o ano passado, ao mesmo tempo em que o consumidor passou a comer mais em casa. "Para economizar neste consumo dentro de casa, aumentaram as compras no atacarejo e isso se refletiu em um crescimento no tráfego nas lojas", diz ele.
Supermercado Moderno
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