terça-feira, 14 de junho, 2016

Falta de produto na gôndola vai a 11%

O receio do varejista em ficar com estoques altos fez com que a falta de produtos nas gôndolas atingisse 11,16% dos itens vendidos, segundo um levantamento da NeoGrid.
Segundo a empresa de pesquisa, o dado se deu em função da crise econômica, que mudou os hábitos da indústria, varejo e consumidores. Hoje, a cada 100 itens da lista de compras, cerca de 10 estão em falta nas prateleiras dos supermercados no país. No último mês de março, o índice de ruptura (falta de produtos) nas gôndolas chegou a 11,16%, um ligeiro aumento na comparação com o mês anterior “A ruptura do setor de alimentos chegou a 11,62%, higiene e beleza 10,92%, bebidas 9,71% e limpeza 8,94%”, disse o diretor de Relacionamento do Varejo da NeoGrid, Robson Munhoz. Ele explica que, hoje, o supermercadista tem receio de comprar alguns produtos e não vender, visto que o poder aquisitivo do brasileiro está diminuindo e, por isso, algumas marcas e itens acabam faltando nas prateleiras dos supermercados por mais tempo.
Outra possível razão é o fato de a indústria estar mais pessimista que o varejo, como mostra a pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que indica que 38% da indústria ficaram parados em janeiro.
“O varejo está vendendo dentro do ritmo esperado, mas já percebeu que a indústria começa a ter dificuldades de entrega em alguns itens, principalmente no que diz respeito aos não alimentos, como higiene e beleza e limpeza”, afirma Munhoz.
O diretor completa que, além disso, nos últimos meses, o setor industrial teve vários aumentos de impostos e energia. “Consequentemente, a indústria teve que repassar parte desses reajustes para os produtos. O varejo, para tentar evitar menores reajustes de preço para seus clientes, leva mais tempo para negociar mercadorias e, por isso, alguns itens e marcas acabam faltando por mais tempo nas prateleiras”, disse o executivo, em nota.
Mesmo assim, ele ressalta que os dois elos da cadeia têm apostado em itens promocionais e embalagens econômicas “pois elas têm preços mais acessíveis e vendem mais rápido em épocas de crise, deixando algumas prateleiras vazias”. Munhoz destaca ainda que a indústria continua produzindo e o varejo tem mostrado esforço para atender o consumidor. “O Brasil está longe de uma crise de abastecimento, mas por causa da crise econômica já não há à disposição do brasileiro tantas marcas ou tão variados sabores de determinado alimento ou item de higiene e limpeza”, finaliza.
ABRE
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