Não é só a carne que está cara para os consumidores, outro alimento do dia a dia está subindo bastante: o feijão. Em São Paulo, o quilo do produto aumentou 31,6% em 12 meses, mais de 10 vezes a inflação oficial para o período (2,54%).
Na última semana, os preços subiram 3,17%, e o quilo do feijão, que custava por volta de R$ 4,00, está valendo entre R$ 5,49 e R$ 7,99, segundo o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que leva em conta o custo de vida na capital paulista, cidade mais populosa do país.
Nos primeiros meses do ano o preço do feijão disparou e chegou a bater 59% de aumento, depois recuou, mas recentemente voltou a subir.
De acordo com especialistas, além da entressafra, a alta se explica por complicações climáticas e redução das áreas plantadas. Muitos produtores trocaram a área de feijão para o cultivo de milho e soja – produtos de exportação.
"Até o início do ano que vem (haverá pressão nos preços). Mas a tendência natural desses índices é devolver esses aumentos ao longo tempo. A maioria desses itens que sofrem essas variações costumam devolver esses preços lá na frente", explica o economista da Fipe Guilherme Moreira.
E o aumento pegou restaurantes e supermercados de surpresa.
"Sempre existe sinalização (sobre oferta de feijão): do produtor, das empresas que fornecem, mas, desta vez, não houve nada. Houve um aumento impactante do dia pra noite", afirma o gerente de supermercado Anderson de Lima.
G1 - 28/11/2019
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