Thursday, January 12, 2017

Faturamento do e-commerce cai 6,6%

São Paulo - Após registrar alta no segundo trimestre de 2016, o comércio eletrônico do estado de São Paulo voltou a apresentar queda no faturamento real (já descontada a inflação) no terceiro trimestre do ano passado. No período, o setor faturou R$ 3,4 bilhões, queda de 6,6% na comparação interanual.
Já no acumulado do ano até setembro, o faturamento do setor registrou queda de 4,4% e em 12 meses retração de 4,6%, o pior resultado da série histórica. É o que aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada por meio do seu Conselho de Comércio Eletrônico, em parceria com a Ebit.
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico FecomercioSP/Ebit traça as comparações entre o faturamento mensal do e-commerce e das lojas físicas no Estado, segmentado em 16 regiões. Também são disponibilizados dados sobre os números de pedidos, tíquete médio e variações reais nas vendas do setor.
A participação do e-commerce nas vendas do varejo paulista no terceiro trimestre ficou em 2,4%, leve queda de 0,2 ponto porcentual (p.p.) na comparação com o mesmo período de 2015. Com relação ao número de pedidos, o montante subiu 1,4%, passando de 9,076 milhões para 9,201 milhões de encomendas.
Tíquete médio
O valor médio por pedido também registrou queda, de 7,9%, no terceiro trimestre de 2016, passando de R$ 404,41 no mesmo período de 2015 para R$ 372,63.
Para a Assessoria Econômica da FecomercioSP, a desaceleração das vendas do varejo vem sendo sentida tanto no comércio físico quanto no eletrônico e isso é um reflexo da inflação elevada, dos juros altos, da escassez de crédito e do aumento do desemprego.
O faturamento do comércio eletrônico registrou queda de 6,6% no terceiro trimestre, de 4,4% no acumulado do ano e 4,6% no acumulado dos últimos 12 meses até setembro, o pior resultado da série histórica. Já o varejo paulista exibiu crescimento de 1,7%, leve recuo de 0,7% e queda de 2,8%, respectivamente, nas vendas nessa mesma base comparativa. Parte desse comportamento discrepante pode ser explicado, segundo a entidade, pela forte base de comparação, já que o comércio eletrônico passou a sentir os efeitos da crise com maior intensidade em meados de 2015, enquanto o varejo físico paulista já apresentou queda nas vendas em 2014. Além disso, a variedade de produtos comercializado nas operações realizadas pela internet (que concentra uma parcela razoável de produtos eletroeletrônicos e eletroportáteis), tende a apresentar uma demanda mais elástica que itens de primeira necessidade, tais como alimentos e medicamentos. Por esta razão a recuperação acontece, no primeiro momento, no varejo físico.
DCI
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