Thursday, June 30, 2016

Potencial de mercado

Projeções apontam para o crescimento contínuo da presença do alumínio no mercado de embalagens, devido a inovações tecnológias da indústria do alumínio e à crescente demanda por embalagens que ofereçam segurança de alimentos, praticidade e sustentabilidade.
Em relação à folha de alumínio, segundo Stefan Glimm, diretor geral da GLAFRI (Global Aluminium Foil Roller Initiative), 78% do material é aplicado em embalagens e o crescimento global do consumo de flexíveis está acima de 2% ao ano. Ao citar mercados com significativo potencial de crescimento para o uso de folha de alumínio, o diretor destaca a China, cuja participação alcança 62% do mercado mundial e o consumo per capita está em 0,5 kg . Com 1,372 bilhões de habitantes, a demanda por folha de alumínio no país asiático deverá aumentar 303 mil toneladas nos próximos anos, segundo projeções da GLAFRI.
No Brasil, de acordo com dados da Abal – Associação Brasileira do Alumínio, o setor de embalagem representa 37% das 378 mil toneladas/ano de alumínio produzidas no mercado nacional. A alta participação deve-se à expansão do consumo de latas, cartonadas assépticas e flexíveis. E o consumo per capita de folha de alumínio está em 0,5 kg, enquanto nos EUA chega a 1,8 kg. Dados que demonstram significativo potencial de expansão interna.
Para Glimm, um dos principais responsáveis pela projeção de crescimento da utilização da folha de alumínio é o combate ao desperdício de alimentos, que chega a 30% de toda produção mundial, e a sustentabilidade do planeta. O diretor ressalta a proteção oferecida pelo alumínio para a conservação dos alimentos e as inovações de embalagens possibilitadas pelas características do metal, o que vai ao encontro da campanha mundial Safe Food, da qual participa a Eafa – Associação Europeia de Folha de Alumínio.
Entre os exemplos, Glimm destaca a utilização da tampa de rosca para vinhos, cujo desperdício pode chegar a 3% da produção devido ao “gosto de rolha” ou perda do sabor e do aroma. As screw caps de alumínio, segundo levantamento da GLAFRI, já estão sendo usadas em 95% das bebidas produzidas na Nova Zelândia, 80% na Austrália e 60% na África do Sul. “Uma aplicação da folha de alumínio que deverá chegar a 100% da produção mundial de vinho”, acredita Glimm.
O desenvolvimento de novas embalagens com alumínio ainda auxiliam na redução da perda de alimentos prontos, cujo desperdício pode chegar a 40% devido à comercialização de grandes porções. Neste caso, as propriedades do alumínio favorecem a criação de embalagens menores ou individuais e também com alto poder de conservação.
Ao relacionar o desperdício de alimentos à necessidade de redução da pegada de carbono mundial, através do uso racional dos recursos naturais, Glimm destaca os diferenciais do ciclo de vida do alumínio e a reciclagem infinita do metal. No caso da produção de uma nova lata de bebida, por exemplo, a utilização de material reciclado pode gerar a redução de 70% das emissões de C02 e 71% do consumo de energia, em comparação ao alumínio primário.
Para o diretor da GLAFRI , a conquista dos resultados positivos desse cenário no segmento de embalagens depende de uma postura proativa da indústria na promoção dos benefícios do uso da folha de alumínio, em todas as regiões, em uma união mundial. Ele defende “um trabalho global junto à indústria de alimentos para discutir novas oportunidades de mercado”, conclui.
ABAL
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