Friday, May 20, 2016

BMW vê queda de 15% a 20% do mercado de luxo em 2016

São Paulo - O segmento de automóveis de luxo está cada vez mais abalado pela crise da economia brasileira. A BMW projeta para este ano uma queda do mercado entre 15% e 20%, após uma onda de forte otimismo. A montadora não enxerga uma retomada antes de 2019.
"Teremos dois anos duros pela frente", afirmou nesta quinta-feira (19) o presidente e CEO do grupo BMW no Brasil, Helder Boavida.
O executivo revela que, atualmente, a fábrica de Araquari (SC) opera em um turno, a um patamar de 16 mil unidades anuais. A capacidade instalada da planta é de cerca de 30 mil unidades.
Para enfrentar a retração do mercado doméstico, a montadora decidiu exportar, a partir da fábrica do Brasil, o modelo X1 para os EUA.
"Nossa planta é muito flexível e por esse motivo conseguimos convencer a matriz a exportar para o mercado norte-americano", pontua.
A expectativa do grupo é embarcar 10 mil unidades aos EUA a partir do próximo mês de julho, pelo período de um ano. A partir daí, Boavida afirma que outras estratégias serão estudadas.
Além disso, o grupo avalia a produção de um sexto modelo na planta catarinense, mas segundo Boavida ainda não há nada definido neste sentido. Hoje, são fabricados na linha de Araquari quatro modelos BMW e o Countryman, da marca MINI.
O CEO do grupo destacou ainda que a BMW não entrará em uma guerra de preços para ganhar mercado. Ao anunciar a produção local, em meados de 2012, a BMW projetava de 30% a 35% de participação no segmento premium, considerando como concorrentes diretos a Audi e a Mercedes-Benz.
"Nossa maior preocupação hoje é a rentabilidade", destaca o executivo. Mesmo com fabricação local, no ano passado a BMW ficou atrás das rivais alemãs nos emplacamentos do mercado premium brasileiro (desconsiderando as vendas da marca MINI).
Para 2016, Boavida afirma que o grupo não divulga projeções de vendas, mas pondera que o desempenho da BMW deve ficar "em linha com a queda do mercado."
Perspectivas
Nos últimos anos, o segmento de automóveis de luxo vinha apresentando crescimento importante. Em 2015, as vendas tiveram alta de cerca de 20%.
Contudo, a deterioração da economia acabou respingando no mercado premium. Recentemente, a Mercedes estimou uma queda aproximada de 10% em 2016 para o segmento de atuação das três alemãs.
"Ainda enxergamos um período difícil pela frente, mas queremos manter a BMW como referência no mercado de luxo", pondera Boavida.
Na tarde de ontem, a montadora apresentou à imprensa nacional o Série 7, sedã topo de linha da marca no País. No entanto, a experiência do motor V8 com inúmeras tecnologias de ponta é para poucos: custa a partir de R$ 709 mil.
DCI - 20/05/16
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