Monday, September 14, 2015

Abertura do mercado chinês anima setor de laticínios

A confirmação da abertura do mercado chinês para a produção láctea do Brasil, anunciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foi avaliada pelo setor como um importante passo para o desenvolvimento da cadeia produtora nacional. Porém, é necessário que antigos gargalos sejam superados para que o produto brasileiro chegue ao mercado internacional com preços competitivos.
Em Minas Gerais, segundo o Sindicato da Indústria de Laticínio do Estado de Minas Gerais (Silemg), existem 25 indústrias habilitadas para exportações gerais de produtos lácteos e poderão fornecer produtos para os chineses.
De acordo com o Mapa, as exportações de lácteos para a China representarão incremento de pelo menos US$ 45 milhões ao ano nos embarques do agronegócio brasileiro. A negociação para a abertura do mercado foi iniciada em 1996. A partir de agora, agroidústrias brasileiras interessadas em vender os produtos para o país asiático já podem solicitar a habilitação.
No ano passado, a China importou US$ 6,4 bilhões de lácteos, o que corresponde a 1,8 milhão de toneladas, representando 14% de todas as importações do produto no mundo. As importações mundiais de lácteos somaram 12,5 milhões de toneladas em 2014, sendo que o Brasil participou com apenas 0,7% ou 83,7 mil toneladas destinadas ao mercado mundial.
Para o presidente da Câmara Setorial de Leite do Mapa, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Rodrigo Alvim, a abertura do mercado chinês é um avanço importante para o País e vem atender a um dos principais pilares do Projeto de Melhoria da Competitividade do Setor Lácteo Brasileiro, a ser desenvolvido pelo Mapa, que é a necessidade de expandir o mercado de atuação.
Gargalos - "A abertura de novos mercados é fundamental, mas precisamos resolver gargalos antes de ampliar a produção.  necessário que se invista em melhorias da qualidade, produtividade e gestão para que o produto chegue ao mercado externo com preços competitivos frente aos demais países produtores. Outro desafio é ampliar o volume de sólidos no leite, já que exportaremos leite em pó, queijos e leite condensando. Enquanto no Brasil são gastos em média 8,5 litros para produzir um quilo de leite, na Nova Zelândia são necessários apenas 7,5 litros, o que torna o produto brasileiro mais caro", explica.
"O mercado é extremamente promissor, mas precisamos saber se a população vai beber leite, porque eles preferem chá. Teremos que introduzir isso na cultura milenar deles, o que pode ser feito com a maior participação em feiras onde os consumidores possam degustar os produtos lácteos".
Abras
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