quinta-feira, 16 de setembro, 2021

Intenção de consumo das famílias tem 4ª alta seguida em setembro

Levantamento divulgdo nesta quinta-feira (16) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que, em setembro, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (IFC) registrou alta pelo quarto mês seguido e atingiu o melhor resultado desde março.
O índice alcançou 72,5 pontos, com crescimento de 1,9% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. Na comparação com setembro do ano passado, quando marcou 67,6 pontos, a alta foi de 7,2%.Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a trajetória de crescimento da intenção de consumo das famílias tem sido favorecida pela vacinação contra a Covid-19. Ele ponderou, porém, que recuperação econômica ainda não está garantida, o que impacta diretamente no comportamento do consumidor.
"O cenário apresenta pontos vulneráveis, o que gera maior cautela das famílias. O aumento da inflação nos últimos meses reduziu o poder de compra dos consumidores, principalmente em itens duráveis, que obtiveram inflação acima do índice geral no último resultado", avaliou Tadros.
- Insatisfação permanente há mais de 6 anos
Apesar da melhora do indicador, a CNC destacou que ele permanece, desde abril de 2015, abaixo do nível de satisfação (100 pontos).
Na avaliação por faixa de renda, as famílias com ganhos acima de 10 salários mínimos revelaram nível de insatisfação de 90,1 pontos, com avanço de 1,4% ante agosto e de 16,9% em relação a setembro de 2020.
Já para as famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, o indicador atingiu 68,8 pontos representando maior insatisfação por parte deste grupo. Esse resultado teve alta mensal de 2,1% e interanual de 4,6%.
- Perspectiva de consumo tem melhor resultado desde abril de 2020
Dentre os componentes do ICF, o principal destaque positivo foi o indicador de Perspectiva de Consumo, que alcançou o maior nível desde abril do ano passado.
A maioria das famílias (50,2%) disse acreditar que vai consumir menos nos próximos três meses. Foi o menor percentual registrado desde abril do ano passado, quando ficou em 39,5%. Em agosto, ele ficou em 52,7%, enquanto em setembro do ano passado ele chegava a 58,6%."A expectativa das famílias é que esse ambiente econômico mais positivo, percebido no curto prazo, se prolongue para o longo prazo. Tanto que Perspectiva de Consumo foi novamente o item com maior crescimento no mês e alcançou o maior nível desde maio de 2020", observa a economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva.
Outro indicador que apresentou o melhor resultado desde maio do ano passado foi o de Nível de Consumo Atual, com 55,7% das famílias considerando que estão consumindo menos que no ano passado – em agosto esse percentual era de 57,4%, enquanto em setembro do ano passado chegou a 61,9%. Em maio de 2020 esse percentual era de 53,3%.
O único indicador que apresentou queda no mês foi o de Momento para Duráveis, que atingiu 43 pontos, com redução de 0,5% frente a agosto, mas com alta de 1,7% na comparação com setembro do ano passado. Ainda assim, foi a maior pontuação desde abril de 2021 (43,4 pontos).
- Emprego apresenta maior indicador da pesquisa
O levantamento da CNC mostrou que também houve melhora nos indicadores relacionados a emprego e renda.
As avaliações em relação à Renda Atual cresceram 0,7%, continuando a tendência apresentada nos três meses anteriores, enquanto na comparação anual houve aumento de 3,1%.
Já o Emprego Atual teve crescimento mensal de 1,9%, também o quarto consecutivo e o mais intenso do período, e atingiu 89,5 pontos, maior nível desde março deste ano (90 pontos).
G1 - 16/09/2021
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