Brasil registra alta de 3,7% no consumo de café solúvel

Nesta semana, a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), informou que entre os meses de janeiro a agosto na comparação com o mesmo período de 2020, houve um avanço de 3,7% no consumo de café solúvel no Brasil, equivalente a 669.797 sacas de 60 quilos.
De acordo com Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da entidade, os investimentos feitos pelas fábricas brasileiras resultaram em um bom desempenho. Segundo ele, com o aumento do consumo interno e a queda nas importações de café, as mudanças qualitativas nos produtos nacionais ficarão aparentes.
“Além de novas plantas fabris que vêm surgindo, as indústrias nacionais de solúvel também ampliam o desenvolvimento de produtos cada vez mais voltados à qualidade, potencializando as características sensoriais ao consumidor final, o que contribui para incrementar o consumo”, afirmou.
Em relação ao mesmo período de 2020, o café solúvel internacional teve uma queda de 32,4% no acumulado do ano até agosto, foram cerca de 26,7 mil sacas. Já em relação as exportações de café, o embarque do produto somou 2,536 milhões de sacas, com uma queda de 6,4% em relação ao ano anterior.
De acordo com o diretor da Abics, a elevação dos preços do café no mercado interno e a diminuição na quantidade de contêineres e embarcações, foi necessária para a reversão da tendência nos embarques. Ele ainda acrescentou que a próxima safra ainda é muito incerta, devido as mudanças climáticas no Brasil e que a comercialização pode ser dificultada devido aos altos preços internos e internacionais do café.
“A dificuldade para se obter contêineres e espaço em navios se tornou rotineira desde maio e permanece até hoje, o que reduz a capacidade e eleva os custos de embarque, impactando o desempenho de todo o setor exportador brasileiro”, acrescenta.