quinta-feira, 24 de setembro, 2020

BC espera queda de 5% do PIB brasileiro em 2020 e alta de 3,9% em 2021

O BC (Banco Central) reduziu a estimativa de queda para o PIB (Produto Interno Bruto) de 6,4% para 5% em 2020. A projeção foi publicada no Relatório Trimestral de Inflação. Essa estimativa é mais pessimista que a do Ministério da Economia, que prevê uma retração de 4,7% do PIB no mesmo período.
Segundo o BC, a nova projeção leva um crescimento maior no terceiro trimestre, influenciado pelas medidas econômicas do governo de combate ao coronavírus e pelo crescimento do consumo. Apesar disso, a equipe de Roberto Campos Neto alertou que o fim do pagamento do auxílio emergencial em dezembro deve reduzir o ritmo de alta do PIB.
"Para o último trimestre do ano, a partir de quando vigora incerteza acima da usual sobre o ritmo da recuperação, espera-se arrefecimento da taxa de crescimento, associado, em parte, à diminuição esperada de transferências de recursos extraordinários às famílias", informou.
Para 2021, o BC espera um crescimento de 3,9%, previsão mais otimista que a do Ministério da Economia, que estima alta de 3,2%.
"Essa perspectiva está condicionada ao cenário de continuidade das reformas e de manutenção do atual regime fiscal, assegurando o equilíbrio de longo prazo das contas públicas, e pressupõe arrefecimento da pandemia, com gradativa elevação da mobilidade e volta progressiva aos padrões de consumo vigentes antes do período de distanciamento social", afirmou.
Segundo o BC, mesmo com fim do pagamento do auxílio emergencial a partir de janeiro de 2021, o consumo das famílias deve ser favorecido pela recuperação do mercado de trabalho, pela redução do nível de distanciamento social e pelo maior acesso a serviços que estavam limitados durante a pandemia.
- Inflação controlada nos próximos anos
Com o aumento do preço dos alimentos, o BC aumentou a estimativa para a inflação de 2020 de 1,9% para 2,1%. Para 2021, a equipe de Campos Neto manteve a projeção de em 3%. Para 2022, a estimativa é de 3,8% e para 2023, 4,6%.
UOL - 24/09/2020
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