sexta-feira, 21 de agosto, 2020

Ultraprocessados representam 20% das calorias consumidas no Brasil

Os alimentos ultraprocessados, fabricados com vários ingredientes envolvendo sal, açúcar, óleos e gorduras, correspondem a cerca de um quinto (19,7%) das calorias consumidas pela população brasileira com dez ou mais anos de idade, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (21), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Entre os ultraprocessados, a margarina representa 2,8% das calorias totais, seguida por biscoito salgado e salgadinho "de pacote" (2,5%), biscoitos doces (1,7%) e frios e embutidos (1,6%). Também aparecem na lista sobremesas industrializadas (1,4%), refrigerantes (1,3%) e cachorro quente, hambúrgueres e outros sanduíches (1,1%). Os itens "deveriam ser evitados", segundo segundo o guia alimentar para a população brasileira.
O biscoito salgado e salgadinho "de pacote" foram mais relevantes na dieta das mulheres, com 2,9% das calorias totais, contra 2,0% para os homens. Elas também lideram no consumo de pães (2,3%) e as bebidas lácteas (1,2%). Para os homens, o refrigerante é o alimento mais relevante (1,5% das calorias totais, contra 1,1% para mulheres).
O levantamento aponta ainda que a maior participação de alimentos ultraprocessados, em relação ao total calórico, foi para adolescentes (26,7%), sendo intermediária entre adultos (19,5%) e menor entre idosos (15,1%).
Segundo a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), os brasileiros que relataram consumir pizza e sanduíches, leite e derivados, bebidas com adição de açúcar, e biscoito salgado, apresentaram médias de ingestão de fibras inferiores à média da população.
Já a ingestão média de gordura saturada foi mais elevada do que da média para os indivíduos que revelaram consumir carne bovina, biscoito doce, doces, frios e embutidos, bebidas com adição de açúcar, leite e derivados, e pizza e sanduíches.
A pesquisa destaca que a maioria das calorias consumidas são provenientes de alimentos in natura ou minimamente processados (53,4%), seguidos por de ingredientes culinários processados (15,6%) e pelos alimentos processados (11,3%).
R7 - 21/08/2020
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