quarta-feira, 17 de junho, 2020

BNDES pode colocar mais recursos na economia caso crise se prolongue

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou nesta terça-feira (16) que o banco tem mais recursos para “colocar na economia” caso a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus se prolongue.
Montezano participou nesta terça de uma audiência na comissão mista do Congresso que discute ações de combate à crise gerada pela pandemia.
Ele foi questionado sobre a capacidade do BNDES de expandir suas operações e conceder mais empréstimos para conter os efeitos da crise.
"Em termos de capacidade operacional, o banco tem sim capacidade de fazer mais coisa. O banco tem capacidade operacional, sim. O nosso grande desafio neste momento é o tempo de execução", afirmou Montezano. "O desafio é executar isso de forma ágil e rápido pelo prazo que se faz necessário", completou.
Atualmente, entre as ações das quais o BNDES participa para mitigar os efeitos da pandemia, estão:
- a expansão da linha de crédito para capital de giro destinado a micro, pequenas e médias empresas
- uma linha emergencial para o setor da saúde destinado à ampliação de leitos e compra de materiais hospitalares
- crédito para financiamento da folha de pagamento de empresas que faturam entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões ao ano
Para Montezano, uma das principais dificuldades do momento é cumprir todas os requisitos para liberação do dinheiro na velocidade que a crise está exigindo.
“O desafio é colocar um montante desse tamanho na velocidade e na qualidade que o setor público, regulação, autocontrole, legislação, nos exige e tem de ser cumprido. Esse desafio temporal é mais relevante até do que a capacidade instalada em si do BNDES", afirmou o presidente do BNDES.
Ele lembrou que o banco também deve estar atento para a necessidade de lucro. "A gente tem recurso sim, disponível para colocar mais no mercado e na economia, mas só que sempre lembrando que esse recurso precisa ter lucro, precisa pagar as suas contas".
Montezano também afirmou durante a audiência que o BNDES suspendeu os repasses ao Tesouro até o final do ano.
O presidente do BNDES disse que a retomada do cronograma de pagamentos deve ser discutido depois de superado o estado de calamidade.
"O que a gente tem hoje acordado com a Fazenda é que qualquer devolução ao Tesouro está suspensa até o final do ano, enquanto durar o período de calamidade. A partir de janeiro do ano que vem, assumindo que a calamidade se encerre, a gente passa a discutir uma retomada do cronograma", declarou.
G1 - 16/06/2020
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