Coronavírus: Como as empresas funcionarão após a pandemia?

A pandemia do coronavírus fez com as empresas descobrissem novas possibilidades de atuação e novas formas de organização do trabalho. Uma revolução se antecipou! Profissionais do setor de tecnologia já falam sobre a adoção de novos rumos, novas ferramentas e modos de trabalho por organizações dos diversos setores. Por isso, me pergunto: como será o mundo pós-pandemia? O site Fast Company reuniu executivos de grandes empresas e pediu que compartilhassem suas projeções para o período pós-coronavírus. Entre os depoimentos, me chamou a atenção a fala do Michael Hendrix, sócio da empresa internacional de design Ideo. Hendrix deixa claro que a necessidade de se estabelecer novas rotinas de trabalho contribuiu para que empresas mais tradicionais enxergassem a importância da migração de seus processos para o âmbito digital. Outro depoimento interessante foi o do CEO da Cloudflare, Matthew Price. O executivo deixa claro que a aposta das empresas na tecnologia foi tão assertiva que poderá transformar formas de trabalho. Para Price, a pandemia resultou no que ele chama de maior experimento de trabalho remoto já vivido pela humanidade. O CEO declara ainda que as pessoas estão buscando fortemente os meios online para se conectarem com outras, seja por trabalho ou por questões sociais, e que essa tendência continuará mesmo após a pandemia. Pedro Englert, presidente da escola de negócios StartSe, em entrevista para o portal Exame, declara que o mundo será diferente depois do coronavírus. Ele afirma que para as empresas lidarem com a imprevisibilidade haverá a queda de um sistema tradicional de comando e controle, onde a tomada de decisões e a definição das estratégias se concentra na alta liderança. Para o executivo, tal sistema pode até funcionar em uma rotina normal, porém, quando o mercado se mostra instável, ele não é tão eficaz. Quando tudo isso passar, a tendência é que as empresas envolvam mais os gestores de suas equipes nas tomadas de decisões para reverter cenários e planejar novas ações. Segundo relatório da WGSN, uma das maiores agências de tendências do mundo, quando as pessoas voltarem a frequentar espaços públicos e comércios, as empresas deverão investir em estratégias para engajar os consumidores de forma mais profunda. Será necessário criar locais que tragam a sensação de segurança, de estarem em casa. As empresas serão ainda mais cobradas quanto a ações com os colaboradores e a sociedade em geral. Organizações que demonstrarem mais preocupação para garantir a segurança e o bem-estar coletivo conquistarão mais consumidores. Todas as expectativas dos executivos e as informações da WGSN reforçam que as empresas não passarão por essa pandemia e retomarão suas rotinas como anteriormente. Os modos de trabalho, de produção, as ferramentas utilizadas, o dia a dia nas fábricas e a mentalidade das empresas de distintos mercados serão modificados. Vivenciamos uma era de mudanças desafiadoras. Como empreendedor, sou muito otimista: após a crise novas oportunidades se abrirão. E você, o que pensa sobre o futuro pós-pandemia?! -Rodrigo Diniz Mascarenhas