Enquanto a maioria dos setores produtivos tem sofrido um choque em suas atividades por conta da pandemia de coronavírus, o segmento de supermercados deve sair mais forte da crise. A perspectiva é de crescimento na ordem de 10% a 15% das vendas nas próximas semanas, de acordo com levantamento do Boston Consulting Group (BCG) feito com base em resultados apurados em países já afetados pelo surto, como China, Hong Kong, Cingapura, Itália, França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos.
Carrinho cheio. A consultoria diz que os supermercadistas podem esperar aumento nas vendas porque consumidores têm procurado estocar produtos essenciais, com grande procura de itens de higiene, limpeza e alimentos embalados. As pessoas também têm cortado refeições fora de casa e passado mais tempo em seus lares.
Mundo virtual. O grande indutor das vendas serão os canais online. O BCG afirma que o comércio eletrônico das redes de supermercados deve crescer 40% a 100%, com entrega em casa ou retirada nas lojas, como já foi visto em grupos empresariais de Ásia e Europa. Por aqui, essas opções ainda são pouco difundidas.
Vai colar. O BCG prevê três fases para a crise: o momento atual, de estoque de produtos pelos consumidores (duração de 2 a 3 semanas); o período de adaptação, com venda de produtos ainda alta por conta da necessidade de alimentação dentro de casa (4 a 12 semanas) e a normalização, quando a população terá retomado suas atividades, mas uma parte dos consumidores terá incorporado o hábito de fazer supermercado online.
O Estado de S.Paulo - 18/03/2020
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