O leilão de transmissão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) encerrou nesta quinta-feira (19) com todos os 12 lotes arrematados.
As concessões são voltadas para a construção de 2.470 km de linhas de transmissão de energia e subestações, com capacidade de transformação de 7.800 mega-volt-amperes (MVA).
A Companhia Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) e empresas de construção e engenharia lideraram o certame, que ocorreu em clima de forte concorrência e deságios recordes que, na média, foram de 60,3%.
A secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal, Martha Seiller, comemorou o resultado após o leilão, segundo a Reuters.
"Como a gente brinca, nunca antes na história desse país... nunca tínhamos ultrapassado a marca de 60% de deságio", disse durante coletiva de imprensa.
Controlada pela colombiana ISA, a Cteep foi o destaque da licitação e arrematou três empreendimentos (1,6 e 7), todos com descontos superiores a 60%. A Aneel estima que esses projetos devem demandar R$ 1,33 bilhão de investimentos.
Já a Neoenergia, do grupo espanhol Iberdrola, levou um projeto, com deságio de 64%, enquanto outras elétricas, como Equatorial, Energisa, Cemig, Taesa e a chinesa State Grid e sua controlada CPFL chegaram a apresentar lances, mas não levaram.
A Aneel destacou que houve, em média, 10 empresas na competição por cada projeto do certame, o que também foi uma marca histórica.
Os empreendimentos estão localizados em 12 estados: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
O leilão tem investimentos previstos da ordem de R$ 4,18 bilhões e geração de 8.782 mil empregos diretos, segundo a Aneel. As instalações de transmissão devem entrar em operação comercial no prazo de 36 a 60 meses, a partir da assinatura dos contratos de concessão.
G1 - 19/12/2019
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