sexta-feira, 13 de dezembro, 2019

Cepal vê crescimento regional de 0,1% na América Latina e Caribe em 2019

Desaceleração da demanda interna e uma demanda agregada externa menor, acompanhada de mercados financeiros mais frágeis no cenário internacional, são fatores que pesaram sobre o ritmo da atividade econômica na América Latina e no Caribe em 2019, aponta a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) em seu Balanço Preliminar das Economias da região, divulgado nesta quinta-feira (12). O desempenho econômico agregado da região deve ficar praticamente estável neste ano, com ligeira alta de 0,1% em média, enquanto a estimativa da Cepal para 2020 é de crescimento de 1,3%. “Consequentemente, o período de 2014-2020 será o de menor crescimento para as economias da América Latina e do Caribe nas últimas sete décadas”, dizem os economistas da Comissão. Das 33 economias avaliadas pela Comissão, 23 devem sofrer desaceleração do crescimento econômico em 2019, sendo 18 de 20 na América Latina. Ao todo, 14 países da região terão expansão econômica inferior a 1,0% neste ano, estima a entidade. Os últimos anos, destaca a Cepal, marcaram uma importante desaceleração da atividade econômica, com queda do PIB per capita (retração de 4,0% entre 2014 e 2019), consumo e investimento, assim como recuo das exportações e piores condições no mercado de trabalho na região observada. “Diante desse cenário, a região não suporta políticas de ajuste e requer políticas para estimular o crescimento e reduzir a desigualdade. As condições atuais precisam que a política fiscal se concentre em retomar o crescimento e em responder às crescentes demandas sociais”, afirmou a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, na apresentação do estudo. Um dos principais entraves ao desenvolvimento da região é a evasão fiscal, que chega a 6,3% do PIB regional. Para 2020, a Cepal espera que países do Caribe liderem o crescimento econômico na região, a uma taxa sub-regional de 5,6%. “Na parte inferior, Venezuela, Nicarágua e Argentina moderarão suas taxas de contração econômica, com quedas de 14%, 1,4% e 1,3%, respectivamente. Enquanto isso, a América Central se expandirá 2,6% e a América do Sul 1,2%”, apontou a entidade.
G1 - 12/12/2019
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