segunda-feira, 17 de dezembro, 2018

PE: preços em queda na América Latina

Reação em cadeia à baixa mundial do barril de petróleo e ao aumento este ano da produção da resina no Golfo dos EUA, os preços de polietileno (PE) entraram em queda na América Latina, constata o analista George Martin em artigo postado no site britânico Icis, especializado no acompanhamento das indústrias química e petroquímica. Outro peso a favor do declínio nas cotações da resina na região, ele encaixa, é o impacto da valorização do dólar sobre as moedas locais, um abalo notado em especial na Argentina, onde o peso tem acusado forte vulnerabilidade perante a moeda norte-americana. No México, distingue Martin, o principal entrave tem sido a proliferação de ofertas de PE por produtores norte-americanos, à sombra das isenções tarifárias do Nafta, agravada pelo aumento da produção interna da resina. Segundo o analista do Icis, a expansão transcorre há três anos com a operação do complexo Etileno XXI, que tem a brasileira Braskem como acionista majoritária, aliado às importações de etano feitas pela estatal Pemex para reativar sua produção de 35.000 t/mês de PE. Em decorrência da super oferta, amarra as pontas Martin, os preços da resina no México retrocedem de forma gradativa. No Brasil, por seu turno, especifica o articulista, a Braskem, única produtora de poliolefinas no país, reduziu seus preços de PE em novembro e dezembro, para deter o incremento das importações. “Na Argentina, a inflação de 48% e os juros na faixa de 60% amorteceram este ano a demanda de resinas plásticas, mas os preços não recuaram muito”, ele nota. “A Dow (única produtora argentina de PE) tem sido menos propensa a praticar preços da resina inferiores aos da Braskem no Brasil”. De outro ângulo, insere Martin, a logística também complica o cenário para a poliolefina no mercado sul-americano com a redução da quantidade de navios para transporte na região. A maioria dos países na costa do Pacífico, aponta o articulista do Icis, a exemplo de Colômbia, Equador, Peru e Chile, operam com zero ou mínimas tarifas de importação, em contraste com as taxas elevadas no Brasil e Argentina, e têm presenciado o desembarque de PE a preços decrescentes. “A situação aumenta a pressão sob os produtores de PE na América do Sul, agora empenhados em preservar sua participação de mercado”, considera Martin.
Plásticos em Revista - 17/12/2018
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