segunda-feira, 28 de agosto, 2017

Receita do produtor de tabaco aumenta 25%

São Paulo - A Associação dos Plantadores de Fumo em Folha do Rio Grande do Sul (Afubra) estima que o faturamento dos produtores com a safra 2016/2017 deve crescer 25% ante ao ciclo anterior , para R$ 6,5 bilhões.
A comercialização da safra foi encerrada neste mês os dados finais da cultura devem ser divulgados por entidades do setor no começo de setembro. Na safra 2015/2016, os produtores receberam R$ 5,2 bilhões.
De acordo com o presidente da Câmara Setorial do Tabaco e secretário da Afubra, Romeu Schneider, o crescimento se deve ao volume produzido no ciclo, que atingiu 727,8 mil toneladas, incremento de 30% em relação ao ciclo anterior, quando foram cultivadas 538,6 mil toneladas. "A receita cresceu mesmo com a queda de mais de 10% no preço médio", afirma o dirigente da Afubra.
O valor médio pago pelo quilo nas indústrias atingiu de R$ 9,10 nesta safra ante R$ 10,3 na safra anterior, recuo de 11,6%. "No entanto, os valores melhoraram no final da safra devido à quebra registrada nos dois dos principais produtores mundiais: Zimbábue e Malawi", explica.
O Malawi é um dos maiores produtores de tabaco do tipo burley do mundo, com 150 mil toneladas por ano, em média, enquanto o Zimbábue responde por 160 mil toneladas de tabaco do tipo virgínia ao ano, segundo Schneider.
O aumento de produção foi possível devido ao incremento de produtividade no campo. A média obtida nas lavouras foi de 2,5 mil quilos por hectare, com picos de 3,5 mil quilos por hectare, informa Schneider. O resultado foi o maior das últimas cinco safras.
"Nunca vi algo assim antes", observa o dirigente. Na safra 2015/2016, a média foi de 2 mil quilos por hectare.
Considerando toda a cadeia produtiva, o faturamento atingiu R$ 29,2 bilhões no ano de 2016, ante R$ 25 bilhões registrados no ano de 2015, aumento de 16,8%.
Safra nova
Para o ciclo que começou em julho, Schneider estima que entre 720 mil toneladas e 730 mil toneladas, volume próximo do obtido no ciclo passado. "O mercado não tem como absorver mais do que isso", afirma o dirigente.
O plantio da área, que deve repetir os 300 mil hectares do ano passado, já atinge 35%, informa Schneider.
Segundo o dirigente, além da expectativa com a nova safra, o setor espera pela decisão do Superior Tribunal Federal (STF) sobre a proibição do uso de aditivos nos cigarros fabricados no País, prevista na RDC 14, da Anvisa. O julgamento estava marcada para a semana passada, mas foi adiado.
"Se isso for aprovado, será possível utilizar apenas tabaco e a reposição de açúcar para a variedade burley", afirma. "Isso acabaria com o american blend que o consumidor está acostumado a adquirir", diz
DCI – 28/08/2017
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