ABIMAPI Registra Alta de 4,3% do Setor em 2016

A Associação Brasileira das Indústrias Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos industrializados (ABIMAPI), em parceria com a consultoria Nielsen, anuncia os dados referentes ao desempenho do setor em 2016. Juntas, as três categorias representadas pela entidade movimentaram um total de R$ 36,862 bilhões, alta de 4,3% em relação a 2015. "O maior faturamento registrado se deu em função dos repasses parciais que a indústria precisou fazer aos varejistas, em consequência do aumento do custo de produção", explica Claudio Zanão, presidente-executivo da ABIMAPI. Em volume o setor registrou queda de 2,8%, com cerca de 3,4 milhões de toneladas vendidas, assim como no consumo per capita, que recuou de 17 kg/ano para 16,5 kg/ano.
Categoria de Biscoito
Ainda de acordo com os dados, o faturamento das indústrias de biscoitos cresceu 3,9%, alcançando R$ 21,853 bilhões em 2016. Assim como o setor num todo, esta categoria mostrou diminuição de 2,7% do volume de vendas - com cerca de 1,7 milhão de toneladas - e queda também do consumo per capita, com 8,2kg/ano. As rosquinhas registraram aumento de 7,5% em volume de vendas e 14,5% em faturamento. Já os biscoitos maria/maisena cresceram 1,5% em volume de vendas e 11% em faturamento. Os recheados, que perderam força em comparação ao mesmo período anterior, representaram 25% de mercado no segmento em 2016.
Massas Alimentícias
Enquanto isso, o mercado de massas alimentícias registrou alta de 5,6% se comparado ao ano anterior, com faturamento de R$ 8,744 bilhões em 2016. Desta vez, as massas secas (que representam 81,4% do total consumido) puxaram o crescimento, com receita de R$ 5,453 bilhões, seguidas das instantâneas (15% do setor), com R$ 2,627 bilhões. As massas frescas (3,6% do setor) movimentaram R$ 663 milhões. Já a produção nacional caiu 2% em 2016, com 1,24 milhão de toneladas contra 1,26 milhão de toneladas do ano anterior. O consumo per capita alcançado foi 6,02 kg/ano, 2,7% menor do que 2015.
Pães e bolos industrializados
Segundo os dados divulgados pela ABIMAPI, os chamados "pães de forma" expandiram 4,5% do faturamento em relação a 2015, atingindo R$ 5,414 bilhões. No total, foram 440,7 mil toneladas de produtos vendidos, queda de 4,9% na comparação anual, reflexo da diminuição de 6% do consumo per capita, de 2,15 kg/ano. Já os bolos industrializados apresentou faturamento igual ao do ano anterior, R$ 851 milhões. O volume total de vendas caiu cerca de 9%, atingindo 33,7 mil toneladas, com per capita de 0,16 kg/ano - valor 10% menor do que o referente a 2015. De acordo com Claudio Zanão, o potencial para ambas as categorias é crescente e dois fatores são primordiais e continuarão como forte tendência nos próximos anos: inovação e saudabilidade. "Recentemente foi lançado um pão de forma em porções reduzidas, que vem atender famílias menores ou pessoas que moram sozinhas e querem evitar o desperdício. Este é um movimento já observado no segmento de bolos, que tem forte demanda pelas monoporções, por exemplo", finaliza o executivo.